segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Evocação dos Exus Superiores

Pessoal, Boa tarde!
 
Não façam esta evocação se não tiverem experiência, indicamos procurar uma pessoa com habilidades na qual saiba o que esta fazendo para não terem consequências futuras.
 
Muito axé a todos!
 
Grupo Boiadeiro Rei
 
 

Você gosta de Evocação dos Exus Superiores?


 
Este  ritual se destina para o culto afro, para invocação de exus de alta hierarquia com o objetivo de conseguir dos mesmos alguns favores materiais e espirituais sem o intermédio de um pai de santo. A fé e a pratica religiosa devem ser livres de todos os grilhões institucionais e nos cultos afros isso significa independência dos terreiros e contas a pagar. Mas com a liberdade vem a responsabilidade e a pratica que apresentaremos a seguir não deve ser feita por pessoas que não sabem lidar com as forças por ela acionadas.
Este ritual não deve em hipótese alguma ser tratado de maneira irresponsável e estes procedimentos devem a todo custo ser realizado com cuidado e respeito. É extremamente comum que o próprio praticante chegue há “incorporar” ou sentir a energia da entidade presente, o que nos dá mais um motivo para este ritual não deve ser realizado por praticantes incautos.
O descuido em relação a saudação da entidade, despedida da mesma pode trazer graves consequências. Qualquer ação que possa alterar a consciência do praticante no ato do ritual como o uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas deve ser evitada ao máximo por pessoas levianas.
 

Passo 1 - A Escolha do Exu

 
Escolha a entidade que melhor pode auxiliar no seu caso. Conheça cada um e decida com sabedoria pois um Exu de alto escalão não deve ser incomodado com problemas pequenos ou que não lhe diz respeito. Uma entidade irritada por motivo fútil pode ser a última coisa que você precise se preocupar na vida.

Exu Arranca-Toco: habita as florestas. É especializado em encontrar animais desaparecidos, pessoas perdidas nas matas e em casos de curas de moléstias naturais.
Exu Brasa: provoca de incêndios e domina o fogo e as armas de fogo. É invocado para promover a vitória em duelos e tiroteios. Concede ainda o dom de acertar o alvo desejado assim como o de  escapar de balas.
Exu Carangola: faz as pessoas ficarem perturbadas e darem gargalhadas histéricas, dançando sem ter vontade, rindo na hora errada ou se atrapalhando em momentos importantes. É invocando tanto quando um momento solene precisa ser arruinado como quando não pode ser errado de modo algum.
Exu Caveira: ajuda nos conflitos pessoais, ensinando as artimanhas da guerra e o modo de vencer inimigos. É o senhor da punição e da justiça por excelência encarregado de vigiar os cemitérios e os lugares onde houver pessoas enterradas. Sua força é de modo a incutir medo aos que o invocam. Apresenta-se, em geral, com a forma de uma caveira.
Exu da Meia-Noite: é um dos mais invocados, pois é o encarregado de escrever toda a sorte de caracteres e tratar dos procedimentos mágicos em si. Segundo uma crença popular foi ele quem ensinou a são cipriano todas as sortes de mágicas que fazia. À meia-noite, o exu da meia-noite faz a ronda do mundo físico por isso é exatamente à meia-noite que se fazem os despachos destinados ao exu da meia-noite.
Exu Maré: facilita a invisibilidade das pessoas, dando-lhes poderes de serem seletivamente ignoradas em ocasiões ou pessoas específicas. Também é chamado no caso da necessidade de se descobrir um problema oculto ou dificuldade desapercebida até então.
Exu Mirim: influente sobre as mulheres mas principalmente poderoso com as crianças e com a fase da infância. Tudo o que diz respeito a crianças diz respeito ao Exu Mirim, para o bem e para o mal.
Exu Pimenta: propaga moléstias venéreas e separa casais. Tem poder de incutir ódio e ciúme nos corações humanos. Por outro lado também é invocado para amarrações de amor e para atiçar o desejo sexual por alguém específico.
Exu Quirombô: atua como exu mirim, mas é especializado em prejudicar mocinhas e crianças pequenas, desviando-as para o "mau caminho". Apresenta-se, também, como criança de olhas claramente malicioso.
Exu Sete Encruzilhadas: tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana...".
Exu Tata Caveira: provoca o sono da morte, a desatenção e manipula drogas e entorpecentes. É invocado também para causar, aliviar ou agravar os casos de  dependência a drogas e ao álcool.
Exu Veludo:  influente no mundo dos negócios e no comércio. Concede a habilidade e o carisma para políticos e costuma ser invocado quando encontros sociais são decisivos, como no caso de entrevistas de emprego.
Exu Zé Pelintra:  Particularmente versátil para problemas do dia a dia, mas igualmente exigênte com o que pedir em troca. É polivalente e comanda toda a linha de malandros, entidades supostamente oriundas de pessoas envolvidas com o submundo, jogo, prostitutas, bebidas fortes e drogas.
 

Passo 2º - A Preparação

 
Horários adequados: 
21h– 24h– 3h
 
Dias de pemba:
segunda-feira e sexta-feira
 
 
Para a preparação do terreiro os seguintes materiais serão necessários:
  • 1 giz de pemba
  • 3 velas pretas

Ambos os itens podem facilmente encontrado em casas de artigos religiosos dedica a cultos afros. O símbolo a seguir deve ser reproduzido no chão com pemba e no local indicado as velas pretas deverão ser acesas. Ao acender cada uma das velas pense fortemente no seu objetivo com este ritual. O que pretende atingir com ele e como isso é importante para você.
 
ponto riscado. exu
 
 
Opcionalmente de modo a agradar a entidade do praticante pode usar contas e roupas vermelhas-pretas, e repousar no centro do triângulo um ebó de farofa com dendê.
 
 

Passo 3º - Saudação

 
Laroye  ....................... (nome específico da entidade escolhida)
 
Mbelesé exu babá, elemí, alayé
 
Mojuba olofín, mojuba olorún, mojuba olodumare
 
Olorún alabosudayé, alabosunifé
 
Olorún alayé, olorún elemí
 
Mojuba ashedá, mojuba akodá
 
Mojuba ayaí odún, oní odún, odún olá
 
Mojuba babá, mojuba yeyé
 
Mojuba ará, mojuba ilé
 
Mojuba gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha,
 
Omó kolagbá egún mbelése olodumare
 
Araorún, ibá é layén t’orún
 
Ibá é
 
Ibá é
 
Ibá é
 
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí emí naní
 
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí iyalorisha emí
 
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí ni gbogbó igboro kalé ilé
 
Ibá é layén t’orún gbogbó egún,
 
Gbogbowán olodó, lagbá lagbá, araorún, otokú
 
Timbelayé, mbelése olorún, olodumare.
 
 
Kinkamashé ........................ ( diga seu nome )       
 
Kinkamashé ........................ ( diga seu nome )
 
Kinkamashé  ....................... ( diga seu nome )
 
Kinkamashé  ....................... ( diga seu nome )
 
Kinkamashé  ....................... ( diga seu nome )
 
                                                                                                          
 
Kinkamashé orí-eledá emí naní       
 
Kinkamashé gbogbó kalenú, igboró, aburó, ashíre,
 
Oluwó, iyalosha, babalosha, kale ilé.
 
Laroiê mojubá exú! 
 
Larouê! Exú
 
Exu
 
Egbarabo ago mojuba ra 
 
Egba kose  e gbarabo ago mojuba ra
 
E modé ko e ko egbarabo ago mojuba ra
 
Lê gbale exu  gbara um be be  exu
 
Gbara um be be
 
Exu elegebara          
 
Exu ajo a ma ma
 
Ke o elegebara
 
Exu ajo a ma ma
 
Ke o laroye
 
Exu    odará odará
 
Baba ebó  exu  oo 
 
Exu olona mofori gbale
 
Exu  o gbara loji ki 
 
Exu  lobi wá  ara e e
 
Son son obé   odará kolobi ebó
 
Laroye  lagiri exu ma na 
 
Le le lagiri ajê ma na
 
Lê lê lagiri firo ofe na
 
Fena jô  lagiri
 
Orisa pa ta   ago nile
 
Ago nile mofori gbalé
 
Gbara loju gebara   loju gebara
 
Ara legibe ogó run gó   run go laroye 
 

Passo 4º - Conclusão

  
É importantíssimo ao termino do ritual agradecer e se despedir da entidade com todo o respeito. No caso do uso de um ebó ao final do ritual o mesmo deve ser deixado em alguma encruzilhada como uma oferenda a entidade.
 

Comentários e Observações de Erick Winchester


 



É claro que as pessoas que vão fazer isso devem fazer atrás do portão principal da casa... Como dá pra perceber claramente um dos habitares de Exu é nos portões. O mais interessante desses sigilos aí é que o invocador risca no chão, coloca um agrado..


. como se fosse um chamaris, acende a vela dele, entra em casa e aquilo o que você invocou começa a se manifestar de muitas formas diferentes quase automaticamente...

Um "chamaris" clássico é um pratinho de barro pequeno (número 2) forrado por dentro com três folhas de mamona, três folhas de tabaté, três folhas de erva da fortuna e, por cima das folhas, bem no meio três dentes de "pimenta dedo de moça", três dentes de alho, três rolos de fumo, três cravos de linha de trem, um búzio fechado, um galho de vence demanda e um punhado de mostarda.

Ah... espalha um bocado de gliter dourado e outro bocado de gliter vermelho por cima de tudo e põe um Obí (uma noz de cola)em cima.

Depois de três dias é só recolher tudo, depositar dentro de um tecido dourado e preto, assopre pó de efun(a chamada pemba) dentro antes de fechar, fazendo assim um "saquinho de bruxo"...que passaria a ser deixado atrás do portão... sobre o qual irá acender uma lamparina feita com epô dundun (azeite de dendê) todas as vezes que quiser utilizar. Dá para utiliza-la para inúmeras finalidades.

Por exemplo... colocar o nome de um vizinho escroto escrito em um papel, sobre o nome do vizinho escroto vai escrito o que deve acontecer a ele(uma coisa só), coloca-se o papel em baixo da saca e acende a lamparina de epô dundun acesa produz o efeito desejado em pouco tempo!

Mas sempre é melhor utilizar de maneira inteligente, ou seja, para conseguir dinheiro...

Pode-se usar a saca quantas vezes quiser.

Obs. todas as vezes que for utilizar a saca, é apropriado acender uma lamparina de azeite de dendê e recitar o Oriki (invocação) de Exú.

Oriki de Exú




com tradução em cada linha:

Èsù òta òrìsà.
Exú, o inimigo dos orixás.
Osétùrá ni oruko bàbá mò ó.
Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai.
Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é,
Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe.
Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin,
Exú Òdàrà, o homem forte de ìdólófin,
O lé sónsó sí orí esè elésè
Exú, que senta no pé dos outros.
Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì,
Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento.
A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò,
Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua parte,
A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò,
Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua parte.
Asòntún se òsì láì ní ítijú,
Exú, que joga nos dois times sem constrangimento.
Èsù àpáta sómo olómo lénu,
Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.
O fi okúta dípò iyò.
Exú, que usa pedra em vez de sal.
Lóògemo òrun, a nla kálù,
Exú, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte.
Pàápa-wàrá, a túká máse sà,
Exú, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente,
Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.
Exú, não me manipule, manipule outra pessoa.

Esù - Com Tradução a Cada Linha

Iba Esù Odara Esu Odara, inclino-me.
A Ba Ni Wa Oran Ba O Ri Da
Ele procura briga com alguém e encontra o que fazer.
O San Sokoto Penpe Ti Nse Onibode Olorun
Ele veste uma calça pequena para ser guardião na porta de Deus.
Oba Ni Ile Ketu
Rei da terra de Ketu.
Alakesi Emeren Aji E Aji E M(u) Ògùn
Aquele a quem se convida e que, tão logo acorda, toma um remédio.
A Lun ( se) Wa Se Ibini
Ele reforma Benin.
Laguna Jo Igbo Bi Orò
Laguna queima o mato como oro.
Esù Foli Fò O Fi Ókò Fo Oju Anan Re
Esu arrebenta facilmente os olhos de seus sogros com uma pedra.
LA Nyan Hamana
Ele caminha movendo-se com altivez.
Ika Kò Boro Boro
O malfeitor não morre depressa.
Kò Là Kò Rà O Ba Ona Oja Ile Su
Ele faz com que no mercado nada se compre e nada se venda.
Agbo L Ara A Yaba Má Pa ( Mo) Abemu
Agbo faz com que a mulher do rei não cubra a nudez de seu corpo.
O Se Firi Oko Ero Oja
Ele se torna rapidamente o senhor daqueles que passam pelo mercado.
Bara Fi Imu Fon Awon Sebi Okò L O Si
Quando Bara assoa o nariz, todo mundo acredita que o trem vai partir.
 
Texto Luiz V e comentários de Erick Winchester
 

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