A
dimensão natural de Exu Natural (ser que nunca encarnou) é saturada de energia
que vitaliza os seres. Seus habitantes naturais (os Exus) são geradores naturais
(geram em si) de um tipo de energia que quando irradiada para alguém, vitaliza-o,
fazendo com que se sinta forte e vigoroso, feliz mesmo!
Por
isso Exu, quando incorpora em seu médium, gargalha à solta.
Exu
Natural transpira essa alegria natural e até sorri com nossas tristezas e tormentos.
Exu
Natural não conhece os sentimentos de tristeza, mágoa ou remorso, pois não os
gera em si, mas tão-somente de si.
Este
"gerar de si", ocorre quando ele atinge outros seres com seu mistério
em seu aspecto negativo, que é desvitalizador. Mas não os gera em si e não os
vibra quando se manifesta em seus médiuns, aos quais ofende chamando-os de
"burros", pois se não os gera em si, não entende as razões dos seus
médiuns gerá-los em seus íntimos e exteriorizá-los em vários sentidos.
Logo,
a dimensão natural de Exu desconhece a tristeza, a mágoa e o remorso.
E
quando Exu é evocado para punir alguém, ele faz o seu trabalho muito bem feito
porque não sente remorso, mágoa ou tristeza ao ver que quem ele está punindo, está
sofrendo.
Exu
vê isso com bons olhos, pois sabe que, se não gera em si esses sentimentos, no
entanto os gera de si (a partir de sua atuação) porque só assim a vida do ser
aluado passará por uma transformação. Por isso Exu é cósmico e é transformador... da vida alheia. Os Exus
Naturais são seres alegres, bem-humorados, pilhéricos e não se ofendem com
facilidade.
Mas,
se Exu não gera em si a tristeza, a mágoa e o remorso, no entanto gera a
confusão mental, a distorção visual e a paralisia racional. E com isso pode,
muito facilmente, tomar o errado pelo certo, o torto pelo reto, o mais fácil
pelo mais correto e o mais prazeroso pelo mais racional. E sua visão das coisas
pode sofrer distorções acentuadas, levando-o a voltar seu mistério punidor
justamente contra quem o evocou, num retorno violento que pode arruinar a vida
de quem o ativou magisticamente.
Quanto
à paralisia racional que Exu gera em si, ela se torna muito perigosa para seus
médiuns, caso eles vivam metendo-os em encrencas, pois se ele se ver muito encrencado,
volta-se contra quem o encrencou (no caso, o seu próprio médium).
Exu
Natural é muito interesseiro e gosta de bisbilhotar a vida alheia. E por isso
ele é o recurso oracular dos jogadores de búzios, pois não tem o costume de guardar
para si o que vê na vida dos outros; vai logo revelando o que está vendo, não
se importando se o que está revelando vai ajudar ou atrapalhar quem o está
consultando.
A
dimensão onde vive Exu Natural reflete tudo o que acontece nas outras, pois é
uma dimensão especular, e tudo é revelado porque Exu é oracular.
Logo,
tudo o que acontece nas outras dimensões torna-se conhecido de Exu. Por isso,
ele sabe de tudo sobre os médiuns e seus orixás, e vai logo apontando com quais
eles estão em falta ou por quais estão sendo punidos.
Exu
revela tudo, inclusive desgraças, mas não se envolve com nada se não for pago.
Essa sua característica o tornou o recurso preferido dos orixás, os quais têm nele
um mistério oracular neutro, mas que, tão logo revela algo, também se interessa
pela resolução do que revelou, desde que seja oferendado.
Com
isso, Exu tanto revela quanto soluciona, pois é um mistério em si mesmo que se
torna muito ativo, caso se interesse pelas suas revelações.
Quem
não conhece o Mistério Exu, até pode associá-lo aos entes infernais judaico-cristãos.
Mas Exu é o oposto deles, que atuam movidos pela Lei ou por vingança, enquanto
Exu, mesmo quando ativado pela Lei, requer todo um cerimonial diferenciado
porque não se envolve com o carma de quem irá sofrer sua atuação, seja magistica
ou religiosa.
Exu,
na magia, só responde quando evocado ritualisticamente, e se for oferendado. E
ainda assim, caso seja descoberto, interrompe sua atuação e até pode virá-la
contra quem o evocou e oferendou ritualmente.
Logo,
Exu é um elemento mágico por excelência.
E
quando é ativado pela Lei Maior (pelos Tronos Regentes), não é o
"ser" Exu que é ativado, mas sim o "Mistério" Exu, é agente
cármico e elemento mágico, mas não é um ente infernal tal como os descreve a
teologia judaico-cristã, desconhecedora dos mistérios naturais (associados a
elementos da Natureza).
A
teologia judaico-cristã, toda ela mentalista, está fundamentada em conceitos
abstratos de como é Deus, fato este que cria um hiato entre o Criador e Sua
criação. Estudem a Bíblia e verão que ela está toda fundamentada em histórias e
histórias humanas, em que seus profetas assumem uma importância muito grande e tudo
o que disseram é seguido à risca pelos seus fiéis.
Com
isso, as divindades dos povos antigos, inimigos dos judeus, assumiram a condição
de entes infernais. Isso se deve ao simplismo com que associam seus inimigos encarnados
aos seus demônios abstratos, que só existem nas suas mentes delirantes.
Tal
como vimos líderes religiosos iranianos associarem um inimigo (os EUA) a satã,
os antigos judeus também associavam os povos inimigos ou suas divindades a entes
infernais. E o mesmo nós vemos acontecer aqui no Brasil, quando assistimos a tolos
delirantes associarem orixás a entes trevosos criados por suas mentes distorcidas
e delirantes.
Por
causa de disputas políticas, comerciais e territoriais, as divindades dos povos
filisteu, egípcio, assírio, caldeu, hitita, grego, romano, etc., foram todas descritas
como entes infernais. Posteriormente no imaginário judaico, e mais tarde no imaginário
cristão, essas divindades tornaram-se "demônios" assustadores que "devoravam"
pessoas, ou as atormentavam durante o sono, já que tinham desde a mais tenra
idade a psique povoada com espectros assustadores, cujos nomes ficavam gravados
como "bichos-papões" que atormentavam aqueles que não se curvassem
antes a casta religiosa estabelecida, ou não seguisse ao pé da letra seus
dogmas doutrinários.
O
inferno judaico-cristão é um caos, porque seus entes infernais são produtos de
puro abstracionismo mental, já que é formado por divindades alheias, todas
tachadas de demônios por seus idealizadores.
No
universo religioso dos orixás, tudo é muito bem distribuído; tudo é descrito
como aspectos do Divino Criador Olorum, e não existe esse inferno caótico. O
que há são os polos negativos das irradiações divinas, aos quais são recolhidos
todos os seres que regrediram espiritualmente, negativaram seu magnetismo
mental ou bloquearam suas faculdades mentais.
Nesses
polos negativos estão assentados os Tronos Cósmicos responsáveis pela aplicação
dos aspectos negativos e punitivos dos orixás regentes das irradiações divinas.
Esses
Tronos Cósmicos não são Exus, mas sim seres divinos assentados nos polos
negativos, cujo magnetismo natural atrai todos os seres que se negativarem e desenvolverem
magnetismos mentais análogos aos dos seus tronos energéticos, que são como imãs
seletivos.
—
Temos Tronos Cósmicos que lidam com seres cuja religiosidade foi desvirtuada.
—
Temos Tronos Cósmicos que lidam com seres que atentaram contra a vida de seus
semelhantes, etc., mas eles não são Exus.
Uns
são Tronos Cósmicos da Água, outros do Fogo, outros do Ar, outros da Terra,
outros dos Minerais, outros dos Vegetais e outros dos Cristais, mas não são Exus.
Cada
um desses Tronos "elementais", cósmicos e negativos, possui suas hierarquias,
que se desdobram nos planos posteriores, tais como os duais, os encantados e os
naturais.
—
Os Tronos Cósmicos negativos elementais são de um só elemento, o qual tanto
irradiam como absorvem.
—
Os Tronos Cósmicos negativos duais são de dois elementos, os quais, em um são
irradiantes e no outro são absorventes.
—
Os Tronos Cósmicos negativos encantados são de três elementos, os quais, os
dois primeiros eles amalgamam (fundem) e geram um terceiro, ao qual tanto irradiam
quanto absorvem.
—
Os Tronos Cósmicos negativos naturais são de todos os elementos, aos quais
absorvem, mas que fundem em seus tronos energéticos e depois, numa irradiação única
e poderosíssima, irradiam.
Mas
não são Exus e nunca passaram pela dimensão natural onde Exu é o nome que damos
aos seres que nela vivem, evoluem e atendem a uma vontade do Divino Criador
Olorum.
Na
dimensão natural de Exu não existem seres do fogo, da água, da terra, do ar,
dos minerais, dos vegetais ou dos cristais, mas sim seres que geram em si o
fator vitalizador e que desenvolvem certas faculdades: alguns se tornam
vitalizadores do elemento ígneo, c daí surgem os Exus do Fogo; outros se tornam
vitalizadores do elemento telúrico, e daí surgem os Exus da Terra; outros se
tornam vitalizadores do cristal, e daí surgem os Exus dos Cristais; outros se
tornam vitalizadores do elemento vegetal, e daí surgem os Exus Vegetais, ou das
Matas; outros se tornam vitalizadores da água, e daí surgem os Exus da Água;
outros se tornam vitalizadores do elemento eólico, e daí surgem os Exus do Ar.
Tal
como acontece com os orixás, cujas hierarquias vão se desdobrando (em Ogum vão
surgindo os Oguns da Terra, da Água, do Ar, etc...; e em Oxóssi vão surgindo os
Oxóssis da Terra, da Água, do Ar, etc.; e assim por diante com todos os orixás,
porque cada um é gerador natural de um fator), com Exu o mesmo acontece, porque
o fator vitalizador é gerado naturalmente por Exu ... e só Exu.
Já
um Trono Cósmico negativo da Água, por exemplo, gera apenas a parte negativa do
fator aquático. E o mesmo acontece com os Tronos Cósmicos negativos dos outros
elementos que, por não gerarem em si ou de si o fator vitalizador, não são Exus.
Assim,
um Trono Cósmico negativo do elemento fogo é o que e: um ser que gera de si
elemento fogo cósmico porque gera em si o fator ígneo.
Já
Exu não gera de si o elemento fogo, porque não gera em si o fator ígneo.
Mas
Exu gera em si o fator vitalizador e, ao ir radiá-lo para os seres ígneos, vitaliza
suas irradiações... ou as desvitaliza.
Então,
fica entendido que Exu é um ser natural que gera em si o fator vitalizador, e
que tanto pode vitalizar quanto desvitalizar os seres geradores naturais dos
outros fatores.
"Exu
não é eles, e eles não são Exus."
Mas,
quem sabia disso, se antes esse conhecimento nunca havia sido aberto ao plano
material humano pela Lei que rege os mistérios da criação?
Então,
que todo o abstracionismo judaico-cristão, em grande parte absorvido pelo
sincretismo da Umbanda, seja desculpado, pois nem os mais profundos conhecedores
dos orixás sabiam disso, e também andaram associando Exu a entes infernais da
Cabala judaica, num nefasto arroubo de pseudo-intelectualismo ou pseudo-saber
iniciático ou esotérico.
Porque
Exu Natural é um ser alegre, descontraído, astuto, desconfiado e arisco, mas
não é nenhum demônio judaico-cristão nem ente infernal das "cabalas"
que pululam por aí.
Exu
tem origem, meio e fim dentro da criação divina do Divino Criador. E seu fim
não é habitar os infernos religiosos das muitas crenças ou crendices já
semeadas na face da Terra por pseudos teólogos.
Na
religião de Umbanda, Exu ocupa um lugar à esquerda dos médiuns e é o melhor
intérprete das vontades maiores manifestadas pelos Senhores Orixás porque sua
dimensão natural é "especular" e nela todas as outras se refletem.
Fonte: LIVRO DE EXU "O MISTÉRIO REVELADO" Obra mediúnica inspirada por Mestre Seiman Hamiser yê
Muito axé a todos!
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