sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Morada das Almas...

Uma passagem pelo Reino de Omulu.

Escrevo essa postagem em homenagem ao Dia dos Finados, porque todos nós um dia estaremos na Morada Eterna. Nesse ponto, somos iguais, nem melhores, nem piores, todos nascemos, todos morremos. E para onde vamos depois? Novamente, em sonhos, eu tive o privilégio de visitar toda a organização espiritual que acolhe, encaminha e seleciona os espíritos do outro lado. Quando o espírito não possui débitos pesados e não é empurrado ao Umbral pelas Leis de Ação e Reação, ele viaja para um local de seleção e triagem, que mais parece uma estação de trem, com um monte gente entrando e saindo, sempre acompanhado de seu Orientador Espiritual, onde, então, é levado à sua Colônia de origem.
Existem vagões somente para crianças, achei isso muitíssimo interessante. Vagões para idosos. Vagões para casais que morreram juntos e vagões diversos. Enquanto você entra e senta, uma pessoa dá as explicações necessárias para a compreensão da viagem. Eles servem um caldo quente energizante, acho que para tirar os medos e fobias de cada um, por saber que está morto... E depois acomodam em sono letárgico aqueles mais apavorados. Durante a viagem é possível visualizar a Terra, as nuvens no céu e várias colônias. O "trem-aéreo" vai passando de Colônia em Colônia e deixando os passageiros, que reencontram amigos e parentes nas estações. Depois, eles são encaminhados ao hospital para um repouso salutar ou para uma conversa com seus Mentores.
Nessa viagem, quem fica por último é o mais privilegiado, pois visita todas as Colônias anteriores e conhece um pouco mais do trabalho espiritual dos falangeiros. Que merecimento tenho eu para ter realizado essa viagem, ainda estando por aqui? Acho que apenas um: o de relatar a vocês o quão impressionante é o Plano Espiritual! Quando cheguei ao final da viagem, saí da plataforma da estação acompanhada pelo preto-velho que trabalha comigo (Pai José de Aruanda). Ele estava transfigurado, com vestes brancas reluzentes e um olhar carinhoso, me apontou para "subir" (levitar) com ele e nesse momento senti um frio na barriga, pois eu ia adentrar uma área desconhecida, nunca visitada: o Reino de Omulu. Pareceu-me atravessar uma nuvem espessa, meio cinza, como nuvem de chuva, mas quentinha e aconchegante. No momento em que atravessei ela, todo o meu medo sumiu e eu senti uma paz enorme e fui envolvida por uma luz muito grande...
Depois Ele me explicou que aquela nuvem limpa nossos corpos espirituais para não sentirmos o impacto da mudança de vibração de energia. No Reino de Omulu você só vê luz. Corpos envolvidos por muita luz, trabalhadores espirituais que já evoluíram e não incorporam mais. Eles apenas mandam luz para a Terra, para seus entes queridos e para a realização dos trabalhos mediúnicos. É isso o que Eles fazem o tempo todo: mandam Luz! Luz de Cura e de Amor... Uma luz pura, branquinha e gelatinosa igual clara de ovo, quentinha e envolvente. Pai Zé me explicou que essa é a função do Senhor Omulu: iluminar as almas para que elas não se percam do seu caminho. E essa luz era o próprio Omulu. Eu me senti dentro de Deus! Não sei definir a sensação porque me faltariam palavras, mas quando acordei, senti que eu tinha morrido e renascido, por um breve instante apenas.


 

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