segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Xapanã é Obaluaê


Palha da costa colocadas perto do congá em forma de turbante de um sublime Rei, Rei dos enfermos e dos filhos de fé.
Médium preparado pelos banhos das ervas do amor
Recebe o afeto do Xapanã como um corte na carne da servidão
Cobre-lhe da cabeça aos pés a palha escondendo seu corpo sofrido
Rejeita as os cálices de vinho ou velas pedindo somente pipocas fornadas na areia do mar da calunga grande.
Empunha em suas mãos um piruá desdobrado sem estourar e o retira do cesto, depositando-o no cálice dos rejeitados.
Anda e vira-se cortando os ares na benção dos milagrosos
Paira em um canto do templo e ouve o ponto dos anciões
Súditos do Rei dos enfermos cantam em coro sua vida na terra.
Na pedra fria
No pé do morro
Dizem que mora
Um velho lá
(2x)
Ele é curador
Ele é rezador
Ele é Xapanã
Ele vai me curar

Xapanã

Padroeiro dos pobres, humildes e doentes, assim é conhecido o orixá Xapanã, um dos mais temidos e respeitados do panteão africano. É o Orixá da transformação. Tem o poder de curar, mas também pode castigar provocando doenças, principalmente como a varíola, e as enfermidades de Pele de todos os gêneros. Dono do interior da terra, está ligado ao mistério, ao oculto. É reverenciado no silêncio da morte. A participação de Xapanã nos rituais africanistas é imprescindível, é Ele o regente da feitiçaria e da magia. Ao mesmo tempo em que o orixá Bará desfaz os fluídos grosseiros e pesados, Xapanã desintegra as pequenas cargas de energia negativa. Recorre-se a Xapanã em praticamente todos os tipos de problemas do cotidiano.

Cor: vermelho e preto (juntos)

Dia da Semana: Quarta feira

Conhecido como Xapanã Jubiteí, Belujá e Sapatá, é sincretizado como São Lázaro, São Roque e Nosso Senhor do Bom Fim.

Recebe sua oferendas nas erosões de terra, aos pés de figueira e no fundo das matas.

Saudação: Abaô

Arquétipo dos filhos de Xapanã

São pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade. Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa. Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Gostam de ver o ser amado brilhar, embora o invejem. Normalmente são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas. Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero. A solidão é muito peculiar a essas pessoas, devido à sua própria personalidade. Não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos. Geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação. Os filhos desse orixá são muito independentes e têm a necessidade de crescer com suas próprias forças e recursos. Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas. mas não se abalam emocionalmente com o mesmo
Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei

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