Amigos,
Temos visto aqui no site e em outras tantas conversar com amigos de muitos lugares, que o principal problema, ou melhor, a principal hora onde as dúvidas acontecem é quando a pessoa recebe o convite de algum guia para adentrar a vida mediunica. Escrevemos muito sobre isso já e, relendo os textos, tive uma idéia, na verdade uma atitude, em busca de ajudar o maior número possível de pessoas a compreender ou a encontrar, ao menos, um caminho para ir dalí adinte.
Visto isso, inaugurei aqui a Semana do Novo Médium, que será dedicada a textos somente sobre esse assunto. Quer dizer, eu me comprometo a postar textos sobre esse assunto, pelo menos uma vez por dia. Alguns eu vou relembrar, trazer lá de trás para cá, outros eu vou criar do zero, tentar dizer quais as formas de ir melhor, no meu entendimento. E para iniciar, vamos relembrar o texto “Sobre o medo de aceitar a Mediunidade”. Boa leitura. E qualquer dúvida, nos escreva.
Existe, na nossa relação dentro deste plano de existência, uma pequena advertência que é recorrente em nossas mentes. Essa advertência é como uma pressão em nosso peito, uma pressão crescente que vai nos esmagando pouco a pouco, de acordo com a proximidade do objetivo, ou do alvo. Essa advertência é conhecida como “medo”, e é ato contínuo e reflexo, algo que não podemos bloquear. A não ser que ajamos deliberadamente para isso.
Dentro do nosso mundo espiritualista estamos envoltos em muitas situações que ativariam essa advertência. O desconhecido é a primeira delas.
Quando vamos a um terreiro, ddentramos em um espaço fechado e nos propomos a falar com alguém que não conhecemos. E alguém que não está mais vivo, na concepção material da palavra. Dentro desse espaço, muitas vezes, estão pessoas que não conhecemos, que ostentam rostos estranhos, às vezes bravos, às vezes irritadiços, às vezes como crianças, adultos lambuzados de doces. E o medo se agrava quando ouvimos o chamado: “Trabalha”.
Nessa hora não sabemos o que fazer. Sabemos que recebemos um convite e muitas coisas estranhas nos ocorrem. Pensamos que não somos dignos. Pensamos que é muita responsabilidade. Pensamos que não conseguiremos incorporar. Pensamos um lote de coisas e nos esquecemos da principal: se nos foi sugerido, é porque nós mesmos já pedimos isso, lá atrás, antes de descermos a esse plano mais denso. Se nos foi sugerido é porque, com certeza, haverá um grupo inteiro de espíritos nos observando, tomando conta, ajudando no que for preciso.
Agora, se esse medo for decorrente de arrogância, ou falsa modéstia, em dizer a todos que não nos achamos dignos pelo simples fato de termos preguiça, ou porque adoramos a bajulação, aí a coisa muda de figura.
O pensamento de nós espíritos é o do trabalho contínuo e o de que não temos oportunidades que não somos capazes de “dar conta”. Se a oportunidade existe, ela existe pois foi solicitada por nós, alguma hora, em determinado ponto de nossa vida total. Vencer o medo é um ato de construção interior, de evolução espiritual, já que o medo é provocado pelo desconhecido. Conhecer, então, o caso, já não o tornaria tão temeroso.
Agora… se a preguiça vencer a vontade… aí a coisa muda de figura e não há ninguém, nem mesmo fardado de branco, que possa ajudar.
Nino Denani
Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei
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