Então vamos passar a identificar, de um modo geral, os sinais
exteriores, os fluídos atuantes e as tendências principais dos
Orixás, Guias e Protetores, através de suas "máquinas transmissoras"
pelas Vibrações ou Linhas, em número de SETE:
LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de
Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo
no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo
imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se
fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até
aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo
nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-
se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros
longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um
sacolejo quase que geral no corpo.
Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação,
conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi
levantada…
Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo,
dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia
de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás
Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu
eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de
verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a
cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por
vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por
ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por
seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e
irônicos).
Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a
mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral.
Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de
grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz.
As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam,
consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre
auxiliares.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ - Fazem sentir seus fluídos de ligação
pela cabeça, braços e joelhos. Balançam o corpo do aparelho (médium)
suavemente, levantando os braços em sentido horizontal, flexionando e
tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação
respiratória e balançando a cabeça, tomam o controle do médium. Não
dão gemidos lancinantes nem fazem corrupios com um copo de água
seguro pelas mãos no alto da cabeça como se estivessem em exibição
circense.
Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando
vibrações, porém serenos sem encenações. Suas preces cantadas
ou "pontos" tem o ritmo triste, falam sempre no mar e em Orixás de
sua linha. Seus pontos riscados são de contornos longos e dão a
Flecha, a Chave e a Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORI - Essas entidades, altamente evoluídas,
externam pela máquina física, maneiras e vozes infantis, mas de modo
sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Nunca essas ridicularias,
onde certos "cavalos", usando e abusando do chamado Dom "consciente",
expelem seus subconscientes atulhados de supertições e vícios de
origens, com gritos e " representações fúteis."
Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e
tomam rapidamente o aparelho pelo mental.
Gostam quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer
coisas doces, mas sem desmandos.
Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas
provações que ainda temos que passar, se insistirmos nisso. Tornamos
a lembrar, isso, apenas se estiverem em aparelhos(médiuns) de
excelente grau mediúnico.
Suas preces cantadas falam muito em Papai e Mamãe do Céu e em mantos
sagrados. São melodias alegres, umas vezes, tristes , e não esses
ritmos estilizados que é comum ouvirmos.
Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha,
Chave e Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE XANGÔ - Essas entidades usam a forma de
Caboclos, e se entrosam no Corpo Astral de maneira semibrusca,
refletindo-se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o
consciente do aparelho (médium), forçando-o do tórax a cabeça, em
movimentos de meia rotação e pela insuflação de suas veias do
pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração
ofegante, até normalizarem seu domínio físico.
Emitem não um urro histérico alucinado que traduzem como "KA-Ô",
acentuando as sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da garganta
para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um
surdo trovejar…
Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias
invocações, de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
Seus pontos de pemba ou sinais riscados fixam o mistério da Flecha,
Chave e da Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE OGUM - Têm a forma de Caboclos. Estas entidades
vibram também com força sobre o Corpo Astral, fixando seus fluídos
pelas costas e cabeças, precipitam a respiração e tomam o controle do
físico, quando o alteram para um porte desempenado.Geralmente dão uma
espécie de "brado" que, num bom aparelho, se entende bem as duas
sílabas da palavra OG-UM, como invocação à Vibração que o ordena.
Jamais esses brados podem ser confundidos com certos "uivos e
latidos" que se escutam em "alguns" lugares, em pessoas que se dizem
mediunizadas(encorporadas), com esgar e olhos injetados de vermelho,
que indicam bebida alcoólica ou auto sugestão.
Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de
maneira forte, vibrante e em todas suas atitudes demonstram
vivacidade. Suas preces cantadas ou pontos traduzem invocações para a
luta da fé, demandas, etc.
Seus pontos riscados são semicurvos e revelam a força da Lei de Pemba
pela Flecha, Chave e Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI - Têm a forma de Caboclos; os Orixás,
Guias e Protetores são suaves em suas apresentações ou incorporações.
Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das
mesmas(nesta altura daremos um alerta aos irmãos de todos os graus
que forem aparelhos em função de chefia:é de proporção assustadora
que se observa na maioria dos aparelhos que diz incorporar caboclos,
principalmente de Oxossi , um vício ou uma propensão oriunda do
subconsciente, fortemente influenciado por "conhecimentos externos",
em simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se
todos os espíritos, na forma de caboclos, fossem ou tivessem sido
defeituosos da dita perna. Um Orixá de luz, um Guia evoluído, não
conserva em sua forma astral, essa mazela, que deixou através do
resgate purificador dos erros que geraram aquela encarnação, que
ficou apenas como experiência de uma fase escura de seu passado…
talvez que, um ou outro, no grau de Protetores, por necessidade de
seu próprio KARMA, conserve essa conseqüência, mas daí generalizar o
hábito, não passa de infantilidade, ou então, acham que devem
conservar uma perna flexionada, conforme a tem a imagem de S.
Sebastião, supondo que todos os caboclos são seus enviados e
obrigados a manter a mesma postura…)
Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela
cabeça até a posse total ou parcial.
Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus
conselhos e trabalhos.
Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são
invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da
Natureza.
Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ - Essas entidades são verdadeiros magos,
senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia.
São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda - São donos dos mistérios
da "Pemba" nos sinais riscados, da natureza e da Alma Humana.
Têm a forma de pretos-velhos e se apresentando humildemente, falando
um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta
do aparelho(médium) ou do consulente.
Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando
cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua
fumaça.
Falam compassados e pensando bem no que dizem. Raríssimamente assumem
chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros
Guias, ou seja, o "braço-direito".
Seus fluídos são fortes , porque fazem questão de "pegar bem" o
aparelho(médium). Começam suas vibrações fluídicas de chegada,
sacudindo com certa violência a cabeça.
Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros
inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado.
Seus fluídos de presença vem como uma espécie de choque nervoso sobre
a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se
consideram firmes na incorporação.
Os pontos cantados são os mais tristes entre todos e revela um ritmo
compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de
humildade.
Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, as
vezes reto, outros em ângulo. Temos encontrados neles, semelhantes a
certas letras dos alfabetos primitivos ou templários e dão logo os
três sinais riscados expressivos da Flecha, Chave e Raiz.
Outrossim: nas "formas" de pretos e pretas-velhas, existem os que se
apresentam, por afinidade, como um angola, um cambinda, um congo,etc,
e costumam até conservar em sua "forma astral", certa reprodução de
características que identificavam chefia, função,etc, entre os povos
da raça negra, muito comum entre os que são qualificados como
Protetores.
Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma
de caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de protetores.
Quanto a "forma" ser nova ou velha, não altera a essência da coisa,
pois no fundo, é o mesmo.
Essas são, em síntese, a "milonga" das Três Formas em suas
apresentações na UMBANDA. Somente os SETE ORIXÁS principais de cada
linha são não incorporantes… porém, já o dissemos algumas vezes,
excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre UM ou no
máximo SETE aparelhos(médiuns), quando, dos espaços siderais, eles
observam a Lei sendo chafurdada e confundida na idolatria, como o
está sendo nos tempos presentes…
Certa maioria continua "reverenciando" estátuas a granel, de bruxos e
bruxas e de supostas representações de EXU com serpentes, ferrão,
cornos, capas pretas ou vermelhas do suposto DIABO da MITOLOGIA…
Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são
existentes em dezenas e dezenas de "terreiros", sendo cultuados
com "comes e bebes…"
E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das
vozes dos pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de
recompor as VERDADES PERDIDAS que refletem a própria LEI do VERBO.
Fonte: Arquivo do Grupo Boiadeiro Rei
Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aceitamos comentários edificantes. Siga seu caminho em paz, se essa não é sua crença.
Obrigado!
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.