Representantes de tribos pediram apoio da segurança pública para afastar criminosos das áreas indígenas
O tráfico chegou às aldeias indígenas do litoral norte da Paraíba e trouxe com ele preocupação e medo às famílias que moram na região. Traficantes que agem na cidade tem procurado as aldeias para se esconder e, em alguns casos, aliciar jovens índios que terminam se tornando usuário de drogas, o que faz crescer o índice de violência e criminalidade nas aldeias. Preocupados com o problema índios dos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, denunciaram o assunto durante o lançamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), ocorrido ontem na na sede da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
A indígena Maria Auzela, pertencente a área de Jaraguá, município de Rio Tinto, contou que o uso de drogas dentro da área indígena acontece por falta de policiamento. "Pode ir lá ver, não tem hora para acontecer. Os brancos chegaram lá e utilizam a área das aldeias para consumir e oferecer drogas na frente de todo mundo.E não aparece ninguém para dar um jeito", diz. O índio Severino Lindolfo da Silva, pertencente a mesma área de Jaraguá, afirma que o consumo é maior à noite. "É muito difícil dormir tranquilo sabendo que há pessoas perto de você consumindo drogas e praticando violência", conta o indígena.
Cerimônia indígena aconteceu durante a lançamento de secretaria especial Foto: Alessandro Assunção/ON/D.A Press
O medo passa a ser também com o futuro das novas gerações. De acordo com eles, muitas pessoas envolvidas com o tráfico de drogas tem se infiltrado nas aldeias e aliciado os jovens. Um índio da aldeia Ybykuara, localizada nas terras indígenas de Montenor, em Marcação, que preferiu não se identificar, afirma que a localização das aldeias pode favorecer a presença dos traficantes no local. "Por ser uma via litorânea, é mais fácil o acesso dos traficantes nessas terras", afirma o indígena. Além da maconha, o crack também já começou a circular entre as tribos.
Sandro Rodrigues, índio da tribo Potiguara, em Baía da Traição, diz que é difícil contar com a ajuda da justiça. "Expulsá-los das aldeias não é nosso papel. Temos pedido ajuda às autoridades, mas a atuação deles é insuficiente. Ninguém parece ter medo da ação policial", afirma o índio. "Nós não precisamos deste tipo de gente circulando em nossas aldeias. As autoridades precisam fazer algo a respeito", cobra o indígena.
A Polícia argumenta que a necessidade de autorização para entrar nas áreas habitadas pelos índios dificulta a ação policial. Há aproximadamente cinco meses, a Polícia Civil e a Polícia Federal realizaram uma ação que pretendia acabar com o problema das drogas naquela área. Na Operação "Potiguara", dez índios foram presos e acusados de serem cúmplices dos bandidos, em crimes como tráfico e assaltos.
"Os criminosos realizam os furtos e correm para se esconder nas terras de proteção indígena, nós acabamos não podendo entrar, já que é necessária uma autorização. Eles possuem uma série de privilégios e leis protetivas, o que dificulta possíveis tentativas de obter qualquer novo indício", esclareceu o delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), Valber Virgulino.
O tráfico chegou às aldeias indígenas do litoral norte da Paraíba e trouxe com ele preocupação e medo às famílias que moram na região. Traficantes que agem na cidade tem procurado as aldeias para se esconder e, em alguns casos, aliciar jovens índios que terminam se tornando usuário de drogas, o que faz crescer o índice de violência e criminalidade nas aldeias. Preocupados com o problema índios dos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, denunciaram o assunto durante o lançamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), ocorrido ontem na na sede da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
A indígena Maria Auzela, pertencente a área de Jaraguá, município de Rio Tinto, contou que o uso de drogas dentro da área indígena acontece por falta de policiamento. "Pode ir lá ver, não tem hora para acontecer. Os brancos chegaram lá e utilizam a área das aldeias para consumir e oferecer drogas na frente de todo mundo.E não aparece ninguém para dar um jeito", diz. O índio Severino Lindolfo da Silva, pertencente a mesma área de Jaraguá, afirma que o consumo é maior à noite. "É muito difícil dormir tranquilo sabendo que há pessoas perto de você consumindo drogas e praticando violência", conta o indígena.
Cerimônia indígena aconteceu durante a lançamento de secretaria especial Foto: Alessandro Assunção/ON/D.A Press
O medo passa a ser também com o futuro das novas gerações. De acordo com eles, muitas pessoas envolvidas com o tráfico de drogas tem se infiltrado nas aldeias e aliciado os jovens. Um índio da aldeia Ybykuara, localizada nas terras indígenas de Montenor, em Marcação, que preferiu não se identificar, afirma que a localização das aldeias pode favorecer a presença dos traficantes no local. "Por ser uma via litorânea, é mais fácil o acesso dos traficantes nessas terras", afirma o indígena. Além da maconha, o crack também já começou a circular entre as tribos.
Sandro Rodrigues, índio da tribo Potiguara, em Baía da Traição, diz que é difícil contar com a ajuda da justiça. "Expulsá-los das aldeias não é nosso papel. Temos pedido ajuda às autoridades, mas a atuação deles é insuficiente. Ninguém parece ter medo da ação policial", afirma o índio. "Nós não precisamos deste tipo de gente circulando em nossas aldeias. As autoridades precisam fazer algo a respeito", cobra o indígena.
A Polícia argumenta que a necessidade de autorização para entrar nas áreas habitadas pelos índios dificulta a ação policial. Há aproximadamente cinco meses, a Polícia Civil e a Polícia Federal realizaram uma ação que pretendia acabar com o problema das drogas naquela área. Na Operação "Potiguara", dez índios foram presos e acusados de serem cúmplices dos bandidos, em crimes como tráfico e assaltos.
"Os criminosos realizam os furtos e correm para se esconder nas terras de proteção indígena, nós acabamos não podendo entrar, já que é necessária uma autorização. Eles possuem uma série de privilégios e leis protetivas, o que dificulta possíveis tentativas de obter qualquer novo indício", esclareceu o delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), Valber Virgulino.
Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei
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