Jogue para o universo

Amigos,

Boas coisas acontecem a boas pessoas. Vocês já pensaram sobre esse velho dito popular?

Estive lendo aquele livro famoso, que estourou de vender tempos atrás e teve até um documentário a respeito. Alguém lembrou do “o segredo”? Pois é… é sobre ele que vou falar.

Estou, por conta de meu trabalho, acompanhando os dizeres de alguns pensadores a respeito do ser humano. No escritório existe um incontável número de psicólogos e psicopedagogos que via de regra falam sobre suas experiências e eu, já que estou por ali mesmo, acabo acompanhando tais discussões. Sabe o que é engraçado? Ver que os grandes estudiosos do pensamento humano acabam recaindo sobre algo que os grandes sábios (sobre tudo os orientais) já pregam há séculos. Há milênios, para ser mais honesto. E o que isso tem a ver com “o segredo”? Ver como certas teorias tomam veracidade depois que são escritas.

Acho estranho isso, na verdade, acho até um pouco divertido. É claro que estudar e ler esses estudos nos ajuda a andar mais rápido, pois não precisaremos passar pelas experiências pelas quais os autores já passaram, mas acredito que é aí que reside um grande problema: entender alguma coisa profundamente, pelo menos na minha maneira de ver as coisas, necessita de um aprofundamento, necessita de uma experiência. Por exemplo: há quem diga que conhece o Kardecismo porque já leu muito a respeito. Conhece, ok… mas não sabe o que é, pois para saber, realmente, do que se trata o kardecismo, há a necessidade de se aprofundar, de frequentar, de observar o trabalho e, assim, tirar algumas conclusões.

Muitos dizem que conhecem a Umbanda. Pois existem inúmeros sites como o AF na internet, que pretendem dizer ao mundo o que a Umbanda é. Mas há somente uma forma de se entender o que é isso: vivenciando. A Umbanda traz para nós lições que devem ser aplicadas diariamente, continuamente, e defende que vivenciar essas lições trará uma diferença em nossas vidas. Ou seja, a Umbanda diz que se formos boas pessoas, teremos boas recompensas. Mas como mostrar isso, ou como entender esse conceito, se você parar na superficialidade, nos nomes dos Guias, nas histórias dos Orixás ou coisas que o valham? Isso é somente a superfície. Aliás, é somente a camada de tensão superficial que cobre um oceano inteiro.

A Umbanda é muito simples, de fato. Amar ao próximo como a si mesmo. Mas o que isso significaria, observando profundamente o caso? Explicaria os resultados que colheremos no futuro e não a forma como fazê-lo. Mas e as coisas mais sutis que presenciamos durante nossa vida? Isso são desdobramentos dessa primeira situação. A Umbanda também prega a vida contínua o que, para nós, explica certas situações que, de outra forma, tornariam Deus um Deus não tão justo. Sem isso, como explicaríamos, por exemplo, que uma pessoa nasça com algum tipo de deficiência a despeito de outras, perfeitas? Se não houver o resgate, Deus não seria justo, pois prejudicou um, que não tinha culpa nenhuma, a despeito de outro, que não tinha mérito algum. Mas para nós, espiritualistas, como acabar com tudo isso? Acabando com nossas imperfeições morais. E como fazer isso? Amando ao próximo como a si mesmo. Mesmo que isso nos faça tomar certos atalhos, falar de forma diferente, usar alguma erva, algum objeto ou alguma outra fórmula. Isso seria enganar um irmão? Não, não, de jeito nenhum. Seria falar de uma forma que ele entenda, só isso.

Mas o que isso tem a ver com o segredo?

Fácil: faça boas ações, que você colherá boas ações. É disso que o livro trata, de uma forma que os americanos entendem, mexendo com seu lado capitalista. Jogue a vontade de ter dinheiro para o universo, que ele lhe dará dinheiro de volta. Jogue sua vontade de ter um carro para o universo, que ele lhe dará um carro de volta. Nós só pregamos essa teoria de uma forma mais efetiva: jogue uma boa ação para o universo, que ele lhe trará boas ações de volta. Jogue bons pensamentos para o universo que ele lhe trará boas energias de volta.

Não é fácil?

Agora é sua vez.

Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei

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