Mais um mês se iniciou: Agosto mês de Obaluaiê, um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, conseqüentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte.
Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa , em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
Orixá de transformação energética, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, quer dizer, a energia natural é toda aquela emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento e a artificial é a fabricada (oferendas). Ele transforma tudo e descarrega para terra.
Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.
Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.
Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Sr. Omulu é o Mestre.
Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu do nosso lado, por isso é que ele sempre diz que temos que resgatar a nossa dívida; temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso Karma.
Características dos seus filhos: Pessoas fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia. A mediunidade é aguçada desde muito jovem.
Uma de suas lendas...
Orixá da cura, continuidade e da existência !!!
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.
Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.
Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
Obaluaiê x Omulu:
Obaluaê é um desdobramento de Omulu, vibrando em forma mais jovem. Não se trata de outro Orixá, mas sim de um desdobramento.
Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.
Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A História de Obaluaiê / Omulu:
Filho de Oxalá e Nanã, nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã, dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com suas duas mães.
Características:
Cor: Preto e branco
Fio de Contas: Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.Ervas: Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)
Símbolo: Cruz
Pontos da Natureza: Cemitério, grutas, praia
Flores: Monsenhor branco
Essências: Cravo e Menta
Pedras: Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato
Metal: Chumbo
Saúde: Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)
Planeta: Saturno
Dia da Semana: Segunda-feira
Elemento: Terra
Chakra: Básico
Saudação: Atôtô (Significa "Silêncio, Respeito")
Bebida: Água mineral (vinho tinto)
Animais: Galinha d'angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.
Comidas: Feijão preto, carne de porco, Deburú - pipoca, (Abadô - amendoim pilado e torrado; latipá - folha de mostarda; e, Ibêrem - bolo de milho envolvido na folha de bananeira).
Número: 3
Data Comemorativa: 16 de Agosto (17 de Dezembro)
Sincretismo: São roque (São Lázaro).
Incompatibilidades: Claridade, sapos
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