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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Magia Forte

Salve, salve meus irmãos de fé,

Posto logo abaixo mais um texto para a apreciação de vocês.

Obs: se vocês quiserem ler outros textos também podem visitar o meu blog (
www.pedrorangelsa.blogspot.com )


Abraços fraternais do irmão,




MAGIA FORTE


César freqüentava aquela casa de umbanda havia dois anos: um ano enquanto
assistência e outro como cambone de Pai Josias. Era um jovem que amava tanto a
religião que professava que, nos últimos três meses, resolveu participar das
reuniões de desobsessões daquela casa de caridade.
Naquela gira, entretanto, César demonstrava um semblante preocupado e pesaroso.
Percebendo as emoções de seu pupilo Pai Josias chamou-o a sentar-se diante de
si.
─ Como é que vai suncê meu fio?
─ Eu até que estou bem vovô, graças a Deus!
─ Então por que este "até" zifio? Tem algo preocupando suncê?
César ficou desconcertado, como se estivesse procurando as palavras certas a
serem ditas, mas a entidade reforçou o pedido dizendo:
─ Pode falar sem acanhamento nenhum zifio, pois qualquer dúvida no coração
não é sinal de vergonha, mas desejo de saber melhor as coisas e o conhecimento é
algo muito lindo meu fio, pode fazer perguntador pra nêgo!
César sorriu com aquele jeito tão curioso e perspicaz que só os preto-velhos têm
de dizer as coisas e falou:
─ O senhor acha que estou bem vovô?
─ Depende meu fio, o que é estar bem para você?
César sorriu enquanto seu olhar marejava e foi quando a entidade disse-lhe:
─ O que é que tá trazendo tanta preocupação a suncê meu fio? Pode contar
porque nêgo só vai escutar sem julgar!
─ O senhor me desculpe vovô, mas acho que estou necessitando de uma magia
forte de proteção.
─ Mas por que zifio, o que é que tá acontecendo com suncê?
─ Como o senhor sabe faz três meses que comecei a participar dos trabalhos
de desobsessão desta casa.
─ Isto, nêgo se alembra meu fio.
─ Então, acho que o senhor vê que eu procuro fazer este trabalho com todo
o meu coração.
─ Nêgo não tem dúvidas disso meu fio!
─ Pois bem, mas desde quando eu entrei nestes trabalhos a cada mês que
passou após um membro de minha família adoeceu seriamente: há três meses foi
minha esposa, mês retrasado foi minha filha e este mês foi minha mãe que está
passando um tempo conosco.
─ Nêgo tá entendendo zifio.
─ Como eu tenho vindo ao terreiro penso que deva ser mais difícil para as
forças do baixo-astral atingir a mim tentando impedir-me de vir às reuniões de
desobsessão, assim, acho que as trevas estão tentando atingir-me por meio de
minha família.
─ E suncê acha que o terreiro não está fornecendo a devida proteção que
suncê e família carecem pra viver sem estes ataques e fazerem o bem com menos
preocupação, e justamente por isto estava todo envergonhado de vir conversar com
este nêgo, não é?
César cambonava aquela entidade já há certo tempo, mas a forma como ela
demonstrava conhecimento e compreensão acerca do seu atual estado mental sem que
ele precisasse verbalizar muita coisa deixou-o boquiaberto.
─ Suncê não precisa se sentir envergonhado, pois como nêgo disse antes a
busca do conhecimento no bem traz é luz para o espírito.
─ O senhor está certo vovô!
─ Zifio, eu entendo sua preocupação, mas antes de passar uma magia forte
suncê permite nêgo contar uma história?
─ Claro vovô, suas histórias são sempre ótimas, fique a vontade!
─ Zifio, certa vez acabou a comida no esgoto e uma ratazana se viu
obrigada a sair de sua morada para habitar noutro canto. Saindo de sua morada o
animal observou que poderia entrar em duas casas: uma era asseada, limpa e
organizada; a outra era uma imundice só, pois a não era varrida há meses, os
móveis estavam cobertos de pó e havia inúmeros entulhos espalhado pelo chão,
suncê tá entendendo zifio?
─ Estou sim senhor!
─ Então nêgo pergunta: se suncê fosse esta ratazana em qual destas moradas
escolheria habitar?
─ Com certeza que seria a casa suja!
─ Por que zifio?
─ Por que se parece mais com o antigo habitat da ratazana.
─ Muito bem zifio, afinal na casa limpa não há nada que desperte afinidade
na ratazana, não é isso?
─ Isso vovô, é isso mesmo, é tudo questão de afinidade!
─ Muito bem meu fio! Nêgo gostou desta sua ultima percepção.
─ Zifio, nêgo pode fazer mais uma pergunta?
─ Claro vovô, não precisa nem pedir!
─ Fio, tem muito tempo que suncê não defuma sua casa?
─ Tem sim vovô, por volta de dez meses.
─ Mas suncê não é umbandista?
─ Graças a Deus!
─ E o que tem impedido suncê de fazer defumador no seu casuá?
César encabulou-se e baixou a cabeça. A entidade continuou:
─ São as tarefas, as atividades, as dificuldades e os problemas do
dia-a-dia não é meu fio?
─ É isso mesmo vovô, minha vida é muito atribulada e ai eu acabo me
acomodando com a situação.
─ Pois é meu fio, realmente nêgo sabe que a vida de suncês no corpo de
carne é realmente bastante difícil, mas, ainda assim, devo pedir que você
retorne a defumar sua casa. Suncê verá como as coisas ficarão diferentes.
─ Pode deixar vovô, farei tudo como o senhor pede, mas e aquela magia
forte, o senhor pode me ensinar?
─ A magia forte que nêgo falou antes zifio?
─ Isto vovô!
─ Então zifio, este preto-velho acabou de passar pra suncê.
─ A defumação?
─ É zifio! Por que a cara de espanto?
─ Ora vovô a defumação não funciona para afastar permanentemente espíritos
perturbados, não é verdade?
─ Fio tá sabido hein!
─ Até onde sei, na realidade, a defumação serve mais para limpeza
energética dos lugares, não é verdade?
─ Fio recordando o que conversamos ainda agorinha: onde que é mais
provável de uma ratazana morar? Numa casa limpa ou numa casa suja?
─ Na casa suja vovô, mas mesmo que a casa estivesse limpa o rato poderia
entrar.
─ Mas não é mais fácil expulsar o rato de uma casa se ela estiver limpa?
─ Puxa vovô ou o senhor não está entendendo ou não está querendo entender!
─ Desculpa a ignorância deste nêgo meu fio, mas explica mais um pouquinho
para que suncê perceba que talvez seja suncê que num tá entendendo este véio.
─ Não vovô eu entendi tudo que o senhor falou: o senhor determinou que eu
voltasse a defumar minha residência a fim de que "ratos" não a invadam e assim
eu o farei, mas só que enquanto eu não defumava a casa ratos aproximaram-se de
minha esposa, minha filha e minha mãe causando doenças e eu gostaria de saber o
que fazer para espantar estes ratos.
─ Fio a cada vez que suncê vem em terreiro tais ratos são afastados de
suncê e todo seu familiador sempre, é claro, de acordo com o merecimento de cada
um! Acontece que ao longo dos dias que sucedem as giras no terreiro suncês tudo
se emporcalham tanto a si mesmos quanto o casuá em que vivem que daí acabam
atraindo novos ratos para perto de suncês.
A entidade amiga deu algumas baforadas em seu cachimbo e continuou:
─ Suncê com problemas no local de trabalho e sua companheira com os
vizinhos, absorvendo estas energias e espalhando-as em cada canto de cada cômodo
do seu lar: e tome reclamação contra a vida, contra o chefe, contra os colegas
de trabalho, contra as contas a pagar!
Pai Josias continuou:
─ Aí surgem as desavenças com a esposa e suncês acabam, quase sempre, por
discutir na frente da criança pela roupa amarrotada, pelo café amargo, pelo
baixo salário, por que o vizinho não respondeu ao seu "Bom dia"!
─ Compreenda zifio que por conta da falta de defumação e de outras medidas
energeticamente profiláticas e umbandistas como o hábito de cruzar semanalmente
a casa, pode-se dizer que onde suncês moram não está devidamente asseado, mas só
que suncês acabam por piorar ainda mais a situação com todo este lixo mental,
emocional, psicológico e energético.
─ Defume seu casuá, mude seu padrão vibratório e consciencial que suncê,
nas forças de Deus-Nosso-Pai, verá mudanças prodigiosas em sua vida. Pode deixar
que dos ratos nós, segundo o merecimento de cada um, cuidamos. Preocupem-se
apenas em manter as vossas duas casas higienizadas: seu casuá, onde mora suncê e
os seus familiares e seu vaso corporal, onde reside vosso espírito.
─ Sei que você crê na onipotência de Deus, só não descreia jamais que
grande parte do poder Dele está nas coisas simples: Gandhi venceu a intolerância
por meio de simples jejuns, Moisés venceu faraó com um simples cajado e Jesus
venceu o mundo com a Lei de Amor. Viver na carne não é simples, amar também não,
mas creia na simplicidade das coisas de Deus, da Umbanda e dos fundamentos a ela
pertinentes que suncê verá os instrumentos de que se servem as trevas para
semearem discórdias, desgraças e maldades serem desativados diante de si.
─ Creia meu fio e chame as bênçãos de Deus pra junto de suncê, acredite na
simplicidade das coisas de Deus e o mal, assim, da sua vida se desarmará.
─ Uma flor pode desarmar o mais bélico dos exércitos, o perdão pode
desarmar o ódio mais feroz, pensamentos vibrados em paz e amor podem desarmar a
mais potente magia negra, da mesma forma que uma "mera" defumação desarma a
casa, a família e a vida de suncês de toda a sujeira astral com que vocês a
municiam por conta das reclamações e impropérios resultantes das vicissitudes de
vossas existências corpóreas; vicissitudes estas que, na realidade, são
instrumentos que podem guiá-los a angelitude se corretamente manejados, mas que
suncês ainda, infelizmente, não conseguem percebê-los enquanto tal.
E a entidade, que tinha diante de si um consulente aos prantos, aguardou que
César serenasse as emoções. Instantes após pediu um abraço apertado e,
posteriormente, disse-lhe olhando fixamente nos olhos:
─ Nêgo acredita em Deus meu filho, mas não descrê de suncê! Creia mais na
simplicidade das coisas de Deus e vá na força e na luz de Zambi-Nosso-Pai!

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“A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho.”


SIGNIFICADOS QUANTO AO FORMATO DA VELA



 
Cones ou Triangulares: equilíbrio, elevação.
Quadradas: estabilidade, matéria.
Estrela: espiritual, carma.
Pirâmide: realizações matérias.
Cilíndricas: servem para tudo.
Animais: para o seu animal protetor.
Lua: para acentuar sua energia intuitiva.
Gnomo: para seu elemental da terra.
Cone ou Triangulares: simbolizam o equilíbrio. Tem três planos: físico, emocional e espiritual.
Velas Cônicas: são voltadas para cima e significam o desejo de elevação do homem, sua comunicação com o cosmos.
Velas Quadradas: Simbolizam estabilidade na matéria. Seus lados iguais representam os quatro elementos: Terra, Água, Fogo, Ar.
Velas em Formato de Estrela de Cinco Pontas: É o símbolo do homem preso na matéria. Representa o carma.
Velas Redondas: Simbolizam mudança. E a energia mais pura do astral que só a mente superior alcança.