O Sincretismo
Muitos irmãos umbandistas não conseguem retirar o sincretismo do ritual realizado em suas casas. Percebemos a luta incansável dos afro-brasileiros, lutando para valorizar suas origens longínquas. As raízes africanas que utilizaram do artifício associação ou sincretismo, dos santos católicos com seus Orixás, para que pudessem reverenciar suas forças ancestrais, sem repressão. Os séculos de reforço se acomodaram na transmissão oral, e de repente os brancos entraram nos terreiros. As imagens dos santos retiravam o sentimento de culpa, ou davam a tranquilidade de serem cristãos. Os cristãos que tal quais os negros frequentavam a igreja e os terreiros, com nenhuma restrição. A igreja era o grande símbolo de aceitação social, e até mesmo questão de sobrevivência. Quantos questionários de admissão para escolas e empresas, continham um quesito religião? Ninguém nem ousava colocar kardecista, o espiritismo da elite, todos eram católicos de batismo.
Ainda hoje muitos praticantes dos cultos afro-brasileiros cultivam esse mesmo preconceito. Os irmãos trabalhadores do candomblé que agridem verbalmente, ou moralmente, os praticantes umbandistas. Nesses tempos de liberdade de expressão, abusam-se dos ataques entre as diferentes concepções. Carregam bandeiras de pureza de culto e unificação dos rituais. Personalizar os altares para se diferenciar por categoria. Os debates devem ser voltados para se conhecer as diferenças, conviver com revelações de tantos cultos e manifestações que tanto eram escondidos.
Estamos num túnel de transição, sentimos o frio da distância da Luz Divina. Muito se esquece que a Umbanda não é patrimônio a ser repartido entre os herdeiros. A evolução da humanidade reside no principio maior da ligação fraterna, apesar de diferente.
Mesmo que seja difícil, a procura pela tolerância deveria ser constante. A Umbanda é brasileira, mas os espíritos que participam dos rituais, são de todos os cantos do mundo, e quem sabe de outros pontos do universo. Os santos, Orixás, anjos e devas, são nomes oriundos de diversas concepções, nem por isso são patrimônios ou propriedades de ninguém. Nomes não importam quando se pratica o que se aprende. Rótulos só precisam ser colocados nos venenos das discórdias.
Um saravá amigo.
Octavio
http://www.maeyemanjaebaianozeferino.com.br/
Muitos irmãos umbandistas não conseguem retirar o sincretismo do ritual realizado em suas casas. Percebemos a luta incansável dos afro-brasileiros, lutando para valorizar suas origens longínquas. As raízes africanas que utilizaram do artifício associação ou sincretismo, dos santos católicos com seus Orixás, para que pudessem reverenciar suas forças ancestrais, sem repressão. Os séculos de reforço se acomodaram na transmissão oral, e de repente os brancos entraram nos terreiros. As imagens dos santos retiravam o sentimento de culpa, ou davam a tranquilidade de serem cristãos. Os cristãos que tal quais os negros frequentavam a igreja e os terreiros, com nenhuma restrição. A igreja era o grande símbolo de aceitação social, e até mesmo questão de sobrevivência. Quantos questionários de admissão para escolas e empresas, continham um quesito religião? Ninguém nem ousava colocar kardecista, o espiritismo da elite, todos eram católicos de batismo.
Ainda hoje muitos praticantes dos cultos afro-brasileiros cultivam esse mesmo preconceito. Os irmãos trabalhadores do candomblé que agridem verbalmente, ou moralmente, os praticantes umbandistas. Nesses tempos de liberdade de expressão, abusam-se dos ataques entre as diferentes concepções. Carregam bandeiras de pureza de culto e unificação dos rituais. Personalizar os altares para se diferenciar por categoria. Os debates devem ser voltados para se conhecer as diferenças, conviver com revelações de tantos cultos e manifestações que tanto eram escondidos.
Estamos num túnel de transição, sentimos o frio da distância da Luz Divina. Muito se esquece que a Umbanda não é patrimônio a ser repartido entre os herdeiros. A evolução da humanidade reside no principio maior da ligação fraterna, apesar de diferente.
Mesmo que seja difícil, a procura pela tolerância deveria ser constante. A Umbanda é brasileira, mas os espíritos que participam dos rituais, são de todos os cantos do mundo, e quem sabe de outros pontos do universo. Os santos, Orixás, anjos e devas, são nomes oriundos de diversas concepções, nem por isso são patrimônios ou propriedades de ninguém. Nomes não importam quando se pratica o que se aprende. Rótulos só precisam ser colocados nos venenos das discórdias.
Um saravá amigo.
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