Na dificuldade de encarar a vida, é sempre fácil responsabilizar os outros;
Na dificuldade de se relacionar com os outros, é sempre fácil olhar os defeitos;
Na dificuldade de amar o próximo, é sempre fácil escolher a indiferença;
Na dificuldade de competência para ser feliz, é sempre fácil infelicitar os outros;
Na dificuldade de caráter é sempre fácil o nivelamento alheio;
Na dificuldade de atitude é sempre fácil condenar o carma;
Na dificuldade de buscar caminhos retos, é sempre fácil procurar atalhos;
Na dificuldade de obedecer a ordens, é sempre fácil se julgar injustiçado;
Na dificuldade de compreender liberdade, é sempre fácil buscar a libertinagem;
Na dificuldade de lágrimas sinceras, é sempre fácil o sorriso falso;
Na dificuldade de exercitar a mente, é sempre fácil obter respostas prontas;
Invariável reconhecer que para as nossas dificuldades, sempre temos desculpas variadas, mas, para as dificuldades dos companheiros que nos acompanham no dia a dia sempre temos condenações.
Por que será que exigimos tanto do outro quando não lhe suportamos as exigências?
Alguns poderão responder: é o instinto de conservação que fala mais alto, temos que nos defender!
Então nêgo velho pergunta: que diacho de conservação é essa que só guarda o que não é bom? Num existe mandinga pior do que carregar bagagem desnecessária e se suncês tão carregando egoísmo, vaidade, orgulho e prepotência. Tão é perdendo tempo!
Mas aí suncês vão dizer: Pai Firmino a natureza não dá saltos! E eu vou arresponder: concordo com suncês (vocês) meus fios! Ela num dá salto, mas, cumpre as funções estabelecidas por Zambi - Deus.
Ao invés de suncês - (vocês) querer ser o que não são, procurem ser o que podem ser meus fios, tenham humildade em tudo que façam e reconheçam que só aprendendo a vencer suas dificuldades é que suncês (vocês) sairão vitoriosos.
Acordem para a vida! Pois, guia nenhum vai fazer o que cabe a suncês fazerem.
Pai Firmino do Congo
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