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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

VAQUEIRO DO RIO BRANCO – Tipos e aspectos do Brasil



Tipos e aspectos do Brasil – coletânea da Revista Brasileira de Geografia Fonte: IBGE – Conselho Nacional de Geogragia. 8ª edição. Rio de Janeiro, 1966.
VAQUEIRO DO RIO BRANCO
José Veríssimo da Costa Pereira

APROPRIADOS à criação de gado, em geral, os vastos campos do Rio Branco constituem o cenário onde se desenvolve a atividade de um tipo humano que, sem possuir as características somáticas e psicológicas do gaúcho e as singulares formas de adaptação a um meio hostil, sintetizadas expressivamente no vaqueiro do Nordeste, merece contudo apreciação, embora ligeira, nestas páginas dedicadas aos TIPOS E ASPECTOS DO BRASIL.
É o vaqueiro do Rio Branco, cuja presença nas pastagens naturais do curso superior do rio, imprime um traço de indiscutível personalidade à paisagem cultural do estado do Amazonas.
No gênero de vida que leva e no horizonte de trabalho em que evolve, efetivamente há oportunidade para se estimar o valor de um modo de colaboração harmoniosa entre a natureza e o homem, este ajustado às condições do meio físico, ajuste que se traduz, no caso, pela repercussão sensível, por exemplo, na forma do povoamento disperso, não ribeirinho, totalmente discordante do tipo freqüente no território do estado.
VAQUEIRO DO RIO BRANCO
(Percy Lau)
A atividade do vaqueiro do Rio Branco encontra-se ligada à vida das fazendas de criação disseminadas por entre os 2o e 5o de latitude norte, das quais comprovadamente — São Marcos, São Bento e São José foram as primeiras fundadas e estabelecidas nos três ângulos formados pelos rios Branco, Tacutu e Uraricuera.
Oriundos das tribos circunvizinhas — Macuxis e Uapixanas principalmente, que povoam os campos onde se localizam quase todas as fazendas, o vaqueiro do Rio Branco por tal circunstância já contrasta com os tipos clássicos da nossa atividade pastoril, subsistente na campanha sul–riograndense e na caatinga espinhenta e ressequida do sertão nordestino.
De origem Cariba, quando Macuxi, de procedência Aruaque, ou Nu-Aruaque, quando Uapixano, o vaqueiro do Rio Branco, de ordinário não traz barba, muito menos como a exibe fartamente, o modelo, apresentado por Jacques Ourique, em O Vaie do Amazonas — Edição Oficial — 1906, que o desenho ao lado reproduz.
Se não possui como no Sul, ou no Nordeste, indumentária especial, veste, contudo, roupa adequada ao exercício da profissão, sem constituir o traje, entretanto, espécie curiosa de armadura, como aquela indispensável à luta do vaqueiro contra a agresividade do meio físico, na caatinga — de galhos tortuosos, crivados de espinhos.
Nas suas imensas campinas apenas de quando em vez interrompidas pelas "ilhas de mato", capões que vestem as margens dos rios e das lagoas, ou que podem cobrir os "tesos", lombadas de até uns 200 metros de altitude.
não tem o vaqueiro do Rio Branco, com efeito, necessidade de se vestir de couro quase da cabeça aos pés, como sucede com o campeiro do Nordeste.
Ao invés de trazer à maneira nordestina, jaqueta de couro, usa o casaco de mescla, ou o blusão de algodãozinho.
De couro, bastam-lhe duas peças.
Não calça perneiras de couro até os quadris, porquanto lhe são suficientes as polainas de pele de veado, pele curtida, aliás, com o emprego de uma planta tanífera de preferência, lá mesmo no seu campo limpo forrado de gramíneas de pequeno porte e de ciperáceas menos variadas e numerosas do que as do Planalto Central do país.
Se usa sandálias de pele de veado, dispensa por desnecessárias, as resistentes luvas de couro, tão úteis e tão caras aos profissionais do gado, na caatinga.
Não traz como o nordestino, chapéu de couro grosso com jugular, nem o chapelão de abas largas, de forro e copa achatada, típico do vaqueiro marajoara.
O seu é um chapéu de palha ordinário sem nenhum requisito especial, como o de Marajó que, entre a copa e o forro, encerra folhas secas, a fim de evitar a ação dos raios do sol e a entrada de água da chuva abundante.
A planura em que trabalha, não obstante ser ainda mal conhecida climatológicamente, beneficia-se de brisas diárias frescas e às vezes fortes dos quadrantes NE e SW, as quais, tornando a temperatura amena e constante, contribuem para suavizar o clima da região, cuja média anual de queda de chuva é cerca da metade da quantidade caída em Marajó.
O regime de trabalho do vaqueiro do Rio Branco está, como em toda parte, em relação estreita com os usos e costumes gerais do agrupamento de que a unidade é a fazenda de criação.
Embora as pastagens no Rio Branco sejam comuns, as fazendas se dividem em secções ou "retiros", tendo cada qual seu encarregado subordinado ao "capataz" da fazenda, que a administra ordinariamente em nome do dono.
Fazendas e retiros no Rio Branco, como no Rio Grande do Sul e no Nordeste, possuem ótimos peões e campeiros cujo número varia com a quantidade de gado de que a fazenda dispõe.
No Rio Branco, porém, peões e campeiros são recrutados quase sempre entre os índios mansos e mestiços, os quais por hábitos atávicos de existência, com facilidade se adaptam a baixos salários e ao gênero de vida que a planura sugere.
Tendo o direito de matar gado para o próprio consumo, o vaqueiro do Rio Branco é um carnívoro que logo após o cafezinho da manhã, ao sair da rede onde passa a noite, "segura o peito" quatro horas antes do meio dia, isto é, alimenta-se de carne cozida, leite, farinha-d’água e café, tudo isto antes do almoço propriamente dito.
É quando — laço de couro em punho, de uns vinte a trinta metros de comprimento — parte para o serviço diário, ao qual se aliam os préstimos do cavalo, notadamente nos "lavrados" ou campos extensos sem vegetação arborescente ou com raras árvores.
Campeiros, peões, e de modo geral todos os trabalhadores do Rio Branco, são denominados caboclos e possuem, segundo o testemunho do médico e monge D. Vicente Álvaro de Oliveira Ribeiro — O.S.B. — que lá viveu durante três anos, sentimento cristão pronunciado, além de intenso apego à família.
Honestos, bons, prestativos, hospitaleiros, continuam realizando na clareira da mata amazônica, o milagre da humanização de uma paisagem situada a grande distância dos grandes focos da civilização nacional.
A paisagem, que do ponto de vista físico já se integra nos 60?<-o do nosso território de flora geral, quanto ao aspecto humano e político, é 100% brasileira, de vez que as características de brasilidade apresentadas pelos humildes vaqueiros do Rio Branco, aliadas ao seu gênero de vida e seu regime de trabalho, são de molde a se poder afirmar que eles atuam no seu quadro geográfico, como se acaso estivessem cumprindo, exclusivamente por educação, o significativo lema da nacionalidade.

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“A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho.”


SIGNIFICADOS QUANTO AO FORMATO DA VELA



 
Cones ou Triangulares: equilíbrio, elevação.
Quadradas: estabilidade, matéria.
Estrela: espiritual, carma.
Pirâmide: realizações matérias.
Cilíndricas: servem para tudo.
Animais: para o seu animal protetor.
Lua: para acentuar sua energia intuitiva.
Gnomo: para seu elemental da terra.
Cone ou Triangulares: simbolizam o equilíbrio. Tem três planos: físico, emocional e espiritual.
Velas Cônicas: são voltadas para cima e significam o desejo de elevação do homem, sua comunicação com o cosmos.
Velas Quadradas: Simbolizam estabilidade na matéria. Seus lados iguais representam os quatro elementos: Terra, Água, Fogo, Ar.
Velas em Formato de Estrela de Cinco Pontas: É o símbolo do homem preso na matéria. Representa o carma.
Velas Redondas: Simbolizam mudança. E a energia mais pura do astral que só a mente superior alcança.