Axé pessoal! Segunda feira, dia 18 de julho de 2011, Nelson Mandela comemorou 93 anos. Com certeza é um grande privilégio respirar do mesmo ar, repartir a mesma terra, compartilhar o mesmo tempo cronológico, a mesma época histórica em que vive um espírito tão elevado como é Mandela.
Sabemos que Nelson Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e foi, após o fim do regime de segregação, o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul.
Mas antes disso, ele foi considerado pelo governo sul-africano um terrorista chegando a passar quase três décadas na cadeia.
É… Ninguém chega à vitória sem lutar.
É… Não se faz algo importante, não se constroem belas histórias, não se erguem novas estruturas, não se transforma vidas, não se muda o mundo, não se faz História, não se faz o Bem ao próximo sem que se viva no limite, no reafirmar diário, na luta constante e na Fé plena. Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Gandhi, Betinho, assim como Nelson Mandela, são alguns exemplos de pessoas que superaram suas próprias dores, que passaram por cima de qualquer oposição e situação, que ultrapassaram seus próprios limites, que sofreram e choraram, que questionaram e SE questionaram, mas nunca deixaram de lutar, nunca deixaram de persistir, nunca deixaram de acreditar que SEUS ideais eram importantes. Importantes não para eles somente, mas para o povo, para a sociedade, para o outro.
É… Não se faz história sem viver a história do mundo, sem viver a história real de vida dos seres vivos. Não se faz história sem pisar descalço na terra, sem arregaçar as mangas, sem sentir as lágrimas escorrerem pelo rosto, sem ver-se sozinho no meio da multidão, sem sentir o coração apertar, sem sentir as costas arder, sem questionar sua própria Fé, sem duvidar de suas próprias capacidades, sem trabalhar incansavelmente, sem acreditar plenamente, sem manter os Valores intactos, sem Ser por inteiro, sem ser um Guerreiro lutando pela vida, pela igualdade, pela humanidade.
Nelson Mandela lutou, mesmo dentro da prisão pelo fim da apartheid. O apartheid, que significa “vida separada”, era o regime de segregação racial existente na África do Sul e que mantinha os negros longe de seus direitos políticos, econômicos e sociais e obrigava-os a viverem separados dos brancos, os quais controlavam toda a sociedade e concentravam o Poder.
E foi no ano de 1942, enquanto estudante de Direito, que Mandela começou a lutar contra o regime do apartheid, época que ingressou no CNA – Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid).
Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA e manteve, durante toda a década de 1950, sua postura como um dos principais membros do movimento anti-apartheid, tanto que em 1955 participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, documento que defendia um programa para o fim do regime segregacionista.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid, porém sua opinião mudou em 21 de março de 1960 quando policiais sul-africanos atiraram contra manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como “Lança da Nação” e passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta.
Em 1962 foi preso e condenado a cinco anos de prisão por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização, e em 1964 Mandela foi julgado novamente por planejar ações armadas sendo condenado a prisão perpétua.
Mesmo na prisão, entre paredes e grades, não parou de lutar, não esmoreceu, não se viu preso e afirmava: “Eu sou o capitão da minha alma”. Com essa crença e conduta conseguia enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Certa vez, Mandela enviou uma declaração para o CNA (que veio a público em 20 de Junho de 1980) que dizia: “Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!” Também recebeu apoio de vários segmentos sociais e governamentais do mundo todo, chegando a se tornar símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul com o clamor: “Libertem Nelson Mandela”, frase que se tornou lema das campanhas anti-apartheid em vários países.
Convicto de seus ideais e valores, recusou a revisão da pena durante os anos 1970 e não aceitou, em 1985, a liberdade condicional em troca de não incentivar mais a luta armada.
Convicto de seus ideais e valores continuou preso até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk, ocasião em que a ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano) foi retirada.
Pois é, Mandela permaneceu preso de 1964 até 11 de fevereiro de 1990, ano em que completaria 72 anos, e nunca deixou de acreditar em seu trabalho, em seu compromisso com o próximo, em sua capacidade de fazer diferente e a diferença, em sua Verdade, em sua Fé. Foram quase 27 anos aprendendo o real sentido de perdoar, de amar e de acreditar.
Mandela não saiu da prisão revoltado, amargurado ou odiando, Mandela saiu afirmando: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.
E depois de dividir o Prêmio Nobel da Paz com o presidente Frederik de Klerk pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Sempre manteve uma postura simples e próxima, sempre impressionou os mais resistentes com seu comportamento de “homem comum”, com seu gosto pela música e pela dança. Aliás, para surpresa de muitos e quebrando qualquer ‘ideal de postura’ política ou de um estadista, Mandela dançava em público, e dançava nos palanques e nas cerimônias, dançava feliz e dizia: “a beleza curiosa da música africana é que ela anima mesmo quando nos conta uma história triste. Você pode ser pobre, pode ter apenas uma casa desmantelada, pode ter perdido o emprego, mas essa canção lhe dá esperança. A música africana é sempre sobre as aspirações do povo africano”.
Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública, mas fez uma exceção: lutar contra a SIDA/AIDS.
Nelson Mandela é uma pessoa tão expressiva e que reflete tão bons exemplos que em 2009 a ONU declarou o aniversário de Mandela como Dia Internacional das Nações Unidas. O chamado “Mandela Day” tem objetivo de incentivar as pessoas a assumir a responsabilidade de fazer do mundo um lugar melhor, dando um pequeno passo de cada vez.
E em comemoração aos seus 93 anos, a União Africana afirmou que todo o continente “se sente orgulhoso por ser o lar do símbolo em que Mandela se transformou”, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse: “O mais importante: devemos estender o amor, o ‘ubuntu’ (espírito de sofrimento e reconciliação na cultura africana) e a humildade ao nosso redor” e Obama, presidente dos EUA, elogiou Mandela e disse que o líder é “um farol para a comunidade global, e para todos que trabalham para democracia, justiça e reconciliação”.
Contudo, o mais importante foi a ação da Fundação Nelson Mandela que, apoiada pela ONU, lançou uma campanha para incentivar todos os cidadãos do mundo a dedicar 67 minutos de seu dia “ao serviço público” e “ao próximo” – o número de minutos refere-se aos 67 anos em que Mandela se dedicou à humanidade lutando pela igualdade racial em um país de maioria negra mas que era controlado por brancos descendentes dos colonizadores europeus.
Para quem precisa de mais inspiração, aproveite essa famosa citação de Mandela: “Nós podemos mudar o mundo e transformá-lo num lugar melhor. Está nas tuas mãos fazer a diferença”. E para quem não sabe por onde começar transcrevo as dicas do site oficial da Fundação Mandela que dá 67 sugestões para serem “praticadas” nesses 67 minutos.
Espero que a vida de Nelson Mandela sirva de exemplo, que seus exemplos sirvam de inspiração, que suas inspirações animem nossa história de vida e que nossas vidas possam fazer a diferença na vida de outras pessoas.
Espero enfim, que essas sugestões possam ser bem aproveitadas e que mangas sejam arregaçadas.
Axééé e boa inspiração a todos!
67 maneiras de mudar o mundo
Pensar nos outros
1. Faça um novo amigo. Conheça alguém de um meio cultural diferente. Somente através da compreensão mútua podemos livrar as nossas comunidades da intolerância e xenofobia.
2. Leia a alguém que não pode. Visite uma casa local para cegos e abra um novo mundo para alguém.
3. Arranje os buracos na sua rua ou bairro.
4. Ajude no abrigo animal local. Cães sem casas também precisam de um passeio e de um pouco de amor.
5. Descubra na sua biblioteca local têm uma hora para uma história e ofereça-se para ler durante a mesma.
6. Ofereça-se para levar um vizinho idoso que não pode conduzir para fazer suas compras ou tarefas.
7. Organize um dia de limpeza do lixo na sua área.
8. Arranje um grupo de pessoas para tricotar um quadrado de malha e fazer um cobertor para alguém que precise.
9. Voluntarie-se na sua estação de polícia ou organizações locais de ajuda.
10. Doe suas habilidades!
11. Se você é um construtor, ajude alguém a construir ou melhorar a casa.
12. Ajude alguém a iniciar o seu negócio.
13. Construa um site para alguém que precisa, ou para uma causa você acha que precisa do apoio.
14. Ajude alguém a conseguir um emprego. Redija e imprima um curriculum vitae, ou ajude a preparar as entrevistas.
15. Se você é um advogado, faça algum trabalho pro bono por uma causa que vale a pena ou pessoa que precisa.
16. Escreva para o vereador da área acerca de um problema que requer atenção, e que você não tem possibilidade de resolver.
17. Patrocine um grupo de alunos para ir ao teatro ou ao jardim zoológico.
Ajudar a uma boa saúde
18. Entre em contacto com organizações locais de HIV e descubra como pode ajudar.
19. Ajude no hospital local, pois além dos pacientes, os funcionários muitas vezes precisam de apoio.
20. Muitos doentes terminais não têm ninguém com quem falar. Demore um pouco a ter uma conversa e a trazer alguma luz nas suas vidas.
21. Converse com seus amigos e família sobre o HIV.
22. Faça o teste de HIV e encoraje o seu parceiro a fazê-lo também.
23. Leve um saco cheio de brinquedos para a ala de crianças de um hospital local.
24. Leve os membros mais jovens da sua família para um passeio no parque.
25. Doe algum material médico a uma clínica da comunidade local.
26. Leve alguém que você conhece e não pode pagar, para fazer um exame ou consulta aos olhos ou aos dentes.
27. Cozinhe algo para um grupo de apoio de sua escolha.
28. Inicie uma horta comunitária para promover a alimentação saudável na sua comunidade.
29. Doe uma cadeira de rodas ou um cão guia, a alguém em necessidade.
30. Faça um cabaz de alimentos e dê a alguém em necessidade.
Tornar-se um educador
31. Ofereça-se para ajudar na sua escola local.
32. Oriente um aluno ou um jovem que abandonou a escola no seu campo de especialização.
33. Seja treinador numa das atividades extra que a escola oferece. Também pode se voluntariar para treinador de uma actividade que a escola não oferece.
34. Ofereça-se para dar aulas de reforço numa matéria escolar em que você é bom.
35. Doe seu computador velho.
36. Ajudar a manter os campos de desporto.
37. Arranje uma sala de aula, substituindo janelas partidas, portas e lâmpadas.
38. Doe um saco de material de arte.
39. Ensine uma turma de alfabetização de adultos.
40. Pinte salas de aula e edifícios escolares.
41. Doe seus manuais escolares, livros ou outros bens, a uma biblioteca escolar.
Ajudar os que vivem na pobreza
42. Compre alguns cobertores, ou pegue os que você tem em casa e não precisa mais, e dê-os a alguém em necessidade.
43. Limpe os seus armários e doe as roupas que já não usa a alguém que precisa delas.
44. Monte cabazes de alimentos para uma família carente.
45. Organize uma venda de bolos, lavagens de carros ou vendas de garagem de caridade e doe os lucros.
46. Para os mais pobres dos pobres, sapatos podem ser um luxo. Não os acumule se você não os usa. Dê-os!
47. Voluntarie-se para ajudar na “sopa dos pobres” local.
Cuidados para a juventude
48. Ajude num orfanato ou abrigo de crianças local.
49. Ajude crianças com os seus estudos.
50. Organize um jogo amigável de futebol, ou patrocine as crianças para assistir a um jogo no estádio local.
51. Treine uma equipe de desporto e faça novos amigos.
52. Dê equipamentos desportivos a abrigos de crianças.
53. Doe brinquedos educativos e livros a um orfanato.
54. Pinte, repare ou infra-estruture um orfanato ou um centro de juventude.
55. Oriente alguém. Arranje tempo para ouvir o que as crianças têm a dizer e dê-lhes bons conselhos.
Acarinhar os idosos
56. Se você tocar um instrumento, visite um lar de idosos local e toque durante uma hora os moradores e funcionários.
57. Ouça a história de alguém mais velho do que você. As pessoas esquecem que os idosos têm sabedoria e uma experiência enriquecedora, e, muitas vezes, uma história interessante para contar.
58. Leve uma pessoa idosa às compras no mercado, pois eles vão apreciar sua companhia e assistência.
59. Leve o cão de alguém a passear, se essa pessoa for demasiado frágil para fazê-lo.
60. Corte a relva de alguém e ajude-o a consertar as coisas no quintal.
Cuidar do seu ambiente
61. Se não houver ecopontos para reciclagem na sua zona, peça ao vereador da área para fornecer um.
62. Doe árvores nativas para embelezar bairros nas zonas mais pobres.
63. Recolha jornais velhos de uma escola, centro comunitário ou hospital e leve-os a um centro de reciclagem.
64. Identifique tampas de saneamento abertas na sua área e relate às autoridades locais.
65. Organize a empresa, escola ou organização em que você trabalha para que desliguem todas as luzes desnecessárias e fontes de alimentação à noite e nos fins de semana.
66. Ajude a convencer pessoas que deitam lixo fora de qualquer maneira, do valor do ambiente limpo.
67. Organize com alguns amigos uma limpeza do seu parque local, rio, praia, rua, praça ou recintos desportivos. As nossas crianças merecem crescer em um ambiente limpo e saudável.
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