Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco.
Jesus respondeu-lhes: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagres em meu nome e logo possa falar de mim. Pois quem não é contra nós, é por nós. Porquanto, aquele que vos der de beber um copo d'água, em meu nome, porque são do Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
Disse Lincoln o grande estadista americano: "O homem que se recusa a estudar uma questão do ponto de vista do seu adversário, tão bem como do seu próprio ponto de vista, é um desonesto".
A lição do Evangelho é muito oportuna, para os comentários em torno das lições que recebemos na Umbanda. A palavra demônio traduz-se por Espírito do mal, contrário ao bem. Existem Espíritos encarnados e desencarnados que se comprazem com o mal, trabalham negativamente para o seu progresso em meio à coletividade, por falta de evolução. Ora, existem, igualmente, homens bons, corretos, caritativos, progressistas no sentido do bem. Diz a lição que um homem expelia demônios, isto é: Espíritos maus, perturbadores, obsessores. Este homem era médium, possuia força magnética, tinha moral. Por esses dois fatores importantes, ele, com sua moral e seu magnetismo, fazia com que maus Espíritos deixassem as pessoas, como acontece entre nós, com médiuns dessa qualidade. Como se dá nas Tendas umbandistas de maneira coletiva, isto é, onde o ambiente foi preparado para essa finalidade, sendo que, falanges de Espíritos de responsabilidade os mentores espirituais protetores e guias, formando a cúpula magnética e mais os médiuns, retiram das pessoas perturbadas, obsediadas, os Espíritos que as estão influenciando e causando doenças que a medicina oficial não pode curar, por desconhecer a origem destes males, e por não ser, também, de sua especialidade, (por enquanto).
Antigamente dava-se o nome de milagres aos fenômenos desconhecidos, ocultos. Com o progresso material e espiritual e das Revelações, sabemos dar explicação a tais fenômenos ditos milagrosos.
O milagre hoje tem interpretação lógica, já que, se houvera milagre, isto é, fenômeno maravilhoso e não explicado, seria a derrogação das Leis de Deus. Mas, como tudo vem a seu tempo, como está no Evangelho, hoje sabemos que os milagres daquela época eram provenientes da ação magnética pessoal, e das forças espirituais, de Espíritos desencarnados, invisíveis, aos nossos olhos, mas visíveis aos olhos dos médiuns videntes. Forças que agem ocultamente, contra ou a favor do homem. Os Espíritos são essa força. Os Espíritos maus trabalham contra o homem, e os Espíritos esclarecidos, evangelizados, os bons Espíritos, trabalham a favor.
No plano extra-físico, espírita ou espiritual, que não é outro mundo, mas plano ou sistema diferente do plano Terra, onde se vive a vida normal do Espírito, sem a prisão do corpo físico, a vida continua como de príncipio e os Espíritos agora fora da carne, desencarnados, libertados, continuam a agir, a lidar e a pensar, mais ou menos da mesma maneira como faziam quando na Terra, dentro da carne.
Tolerância e caridade é o que nos ensina Jesus em seu Evangelho, para todos esses que, em nome do Cristo, procuram honesta e lealmente, ajudar seu Irmão em provas na terra, expelindo Espíritos, ou dando de beber um copo d'água em Seu nome. E´ ensino que recomenda seja aplicado na prática a qualquer um e em qualquer circunstância. Aqui deparamos a simplicidade da recomendação, até no dar um copo d'água, está o estímulo à solidariedade, à fraternidade, à aproximação das criaturas, ao instinto da amizade, da aproximação de uns e outros, para que prevaleça a harmonia e a bem-querência entre as criaturas - o rebanho do Cristo - já que todos filhos de Deus.
E a máxima de Lincoln, o grande presidente americano, homem de escol, cujo nome ficou gravado na história por suas elevadas atitudes e coragem moral, serve-nos para lembrar a necessidade que temos de entendimento coletivo, principalmente entre espiritualistas, isto é: gente que se diz ou se julga espiritualizada. Pois, somente através do diálogo franco e leal, é que os homens poderão se entender e acertar seus "pontos de vista", respeitando cada um as idéias do outro. São as chamadas "mesas redondas" que se devem estabelecer para acertar as discordâncias. O diálogo, a conversa fraternal é uma necessidade em qualquer terreno, mormente no que concerne à religião, à doutrina.
Um saravá amigo.
Octavio
http://www.maeyemanjaebaianozeferino.com.br/
*15/11/1908-SE É PRECISO QUE EU TENHA UM NOME, DIGAM QUE EU SOU O CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, POIS PARA MIM NÃO EXISTIRÃO CAMINHOS FECHADOS.
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