- Cor: Rosa e Azul
- Numero 2
- Comida: caruru
- Dia da Semana: Sábado
- Saudação: Ere wa!
- Descrição
- São os orixás crianças, filhos gêmeos de Iemanjá e Oxalá. Simbolizam a dualidade: o quente e o frio, a luz e a escuridão, o masculino e o feminino, o divino e o humano, o início e o fim. No sincretismo religioso, estão associados a Cosme e Damião.
- Todo orixá está ligado a um ou vários Exus assim como a um Erê. A palavra Eré vem do yorubá iré que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
- Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Erê na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo, também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas.
- Cada Erê traz um nome inspirado no arquétipo ou natureza do orixá ao qual está submetido, por exemplo:
- “Foguete” ou “Trovãozinho” para Xangô
- “Ferreirinho” para Ogun
- “Pingo de Ouro” para Oxum e assim por diante.
- Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo. Cada Erê trará um nome que, será inspirado no arquétipo ou natureza do orixá a que está submetido
Oferenda
Ingredientes:
- 1 Manjar;
- 1 Boneca ou 1 Carrinho ou Ambos;
- Frutas diversas.
Lendas
- Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gêmeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Éguns, resolveu pedir sua ajuda. Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
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