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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Folhas para banhos, Folhas de axe

Folhas para banhos, folhas de axe, folhas sagradas, folhas de orixa, folhas de fundamentos, água de abô, água de amaci, água de axé.



Folhas sagradas, Ewé Orò ou Folhas de Orô é como são chamadas as folhas, plantas, raízes, sementes e favas utilizadas nos preceitos e cerimônias como água sagrada das Religiões Afro-brasileiras.
A folha tem uma importância vital para o povo do santo, sem ela é impossível realizar qualquer ritual, dai existe um termo curriqueiro do povo do santo que diz: ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha não existe Orixá).
 
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e nem todas servem para o banho ritual, nem para os ritos. O seu uso deve ser estritamente recomendado pelo Babalorixá ou em comum acordo com o Babalosaim (sacerdote conhecedor da ação, reação e consequência do poder das folhas), pois só estes sabem a polaridade energética, "positiva ou negativa" de cada uma delas e a necessidade de cada indivíduo. Para sua utilização nos ritos, deve-se saber as Sasanha (cânticos específico para folha) e o Ofó (palavras sagradas) que despertam seu poder e força "axé". Ossaim é o grande Orixa das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas, pode trazer progresso e riqueza. É nas folhas que está à cura para varios tipos de doenças, para corpo e espírito. Portanto, precisamos lutar sempre por sua preservação, para que conseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.


Água sagrada, Agbo ou simplesmente água de Abô, são os nomes usados pelo povo do santo para denominar a mistura de folhas sagradas, usada na feitura de santo até a ultima obrigação chamada de axexe.
Sua utilização é larga e irrestrita, significando principalmente a ligação entre o Orum e Aiye (mundo dos Orixás e o dos Homens). Proporcionando o fortalecimento físico e espiritual, prevenindo e até mesmo curando certos tipos de doenças, segundo alguns estudos. (Barros 1993:81). Também usado na sacralização de objetos como fio de contas e espaços sagrados.
Sua preparação é complexa, com ritos que pode durar até sete dias. A presença de um Babalorixá e de um Babalosaim é indispensável para sua confecção, pois neste ato litúrgico são exaltados os cânticos de sasanha.
 
Além de respeitar horários para a colheita das 16 folhas sagradas, sendo oito tipos de folha chamada "fixas" (Ewe Oro) e 8 tipos de folhas "variáveis" (Ewe Orixás), de acordo com o Orixá que se esteja trabalhando, são utilizados, obi, orobo , azeites, mel e até mesmo (Ejé) sangue de animais sacrificados, entrarão nesta misteriosa mistura, tão importante para esta cultura também denominada como Jêje-Nagô.
Ewe oro e Ewe Orixás são folhas sagradas pertinentes a cada terreiro, podendo variar de acordo com sua regência, todavia são escolhidas ou herdadas de forma ordenada, geralmente seguindo um equilíbrio: folha gún (excitante “quente”) , seu significado em nagô é “chama transe”, associada com uma folha èrò (calma “fria”), que é catalisadora da propriedades de outras plantas, formando assim uma parceria perfeita, para uma sintonia harmônica .
 
As folhas gún ou èrò podem ser macho (agboro) ou fêmea (Yagbá). Na realidade o que distingue sua associação são as formas, se pontiagudas são consideradas masculinos se arredondadas femininos, todas elas tem o domínio do Orixá Osanyin.




Relação de algumas folhas que entram no fundamentos sagrados do candomblé.
 
 
Akoko "Acoco" ou Primeira-folha
Newboldia laevis Seem, Bignoniaceae
 
Irokò "Gameleira" "Gameleira-branca"
Clorophora excelsa, Moraceae ou Ficus doliaria, Moraceae
 
Odundum "Folha-da-costa", Folha-da-fortuna", Abamoda "àbámodá" ou "Saião"
Kalanchoe brasiliensis, Crassulaceae
Imu "Begônia ou Azedinha"
Begonia cucculata, Begoniaceae
 
Awurepepe "Pimentinha-d’água"
Spylanthes acmella, Asteraceae
Oxibatá "Baronesa"
Nymphaea lotus, Nymphaeaceae
 
Oju Orò "Erva-de-santa-luzia"
Pistia stratiotes, Araceae
Misi misi "Vassourinha-de-relógio" ou "Vassourinha-mofina"
Scoparia dulcis, Scrophulariaceae
 
Ida oya"Espada-de-iansã"
Tradescantia spathacea, Commelinaceae
Owu "Algodão"
Gossypium sp., Malvaceae
 
Gboro ayabá, "Salsa-da-praia" ou kissajá
Ipomea asarifolia, Convolvulaceae
Orinrin "Alfavaquinha-de-cobra"
Peperomia pellucida, Piperaceae
 
Atipolá "Erva-tostão", "Bredo-de-porco", "Pega-pinto" ou "Tangaraca"
Boerhavia diffusa, Nyctaginaceae
Teteregun "Cana-do-brejo"
Costus spicatus, Costaceae
 
Tótó "Água-de-alevante" ou "Colônia"
Renealmia brasiliensis, Zimgiberaceae
Iji opé "Dendezeiro"
Elaeis guineensis,Arecaceae
 
Ogbó "Orelha-de-macaco"
Niervillia umbrosa, Orchidaceae
Ewe Abebé "Capitãozinho"
Hydrocotyle bonariensis,Araliaceae
 
Ewe jeje "Jequiriti"
Abrus precatorius, Fabaceae
Alukeresé "Dama-da-noite"
Ipomea bona-nox, Convolvulaceae
 
Ewê boyí funfun "Bétís-branco"
Piper rivioides, Piperaceae
Jogbô "Neves-folha" ou "Neves"
Hyptis pectinata, Lamiaceae
 
Efirin "Manjericão"
Ocimum basilicum, Lamiaceae
Sunkawa "Arrozinho"
Zornia reticulata, Fabaceae
 
Ifin funfun "Malva-branca" ou "malva"
Abutilon x. hybridus, Malvaceae
Tamandê "Arnica-do-campo"
Solidago microglossa, Asteraceae
 
Ewê odã "Erva-silvina" ou "Erva-fetos"
Polypodiumvulgare, Polypodiaceae
Amunimuyê "Balainho-de-velho"
Centhratherum punctatum, Asteraceae
 
Solé "Maria-preta"
Eupatorium ballotaefolium , Asteraceae
Iyabeyin "Mãe-boa"
Ruellia geminiflora, Acanthaceae
 
Ewe ajé "Erva-da-riqueza"
Alternanthera tenella, Amaranthaceae
Godogbodó "Trapoeraba"
Commelina diffusa, Cammelinaceae
 
Ewê Iyá "Caapeba"
Potomorphe umbellata, Piperaceae
Wuê mimolé "Brilhantina"
Pilea microphylla, Urticaceae
 
Ejá Omodé "Aguapé"
Eichornia crassipes, Pontederiaceae
Teté ou ewe tetê "Bredo" ou "Caruru-sem-espinho"
Amaranthus viridis, Amaranthaceae
 
Makassá ou Macassá, "Catinga-de- crioula" ou "Catinga-de-mulata"
Hyptis mollissima benth, Lamiaceae
Eré tuntún "Levante-miúda" ou "Levante"
Mentha citrata, Lamiaceae
 
Tanaposó "Bonina"
Mirabilis jalapa, Nyctaginaceae
Ewê mensã "Pára-raio" ou "Cinamomo"
Melia azedarach, Meliaceae
 
Ewê diji ou Ewe ojé"Erva-prata"
Solanum argenteum, Solanaceae
Okpá orô "Capianga"
Vismia guyanensis, Clusiaceae
 
Botujé"Pinhão-branco"
Jatropha curcas, Euphorbiaceae
Ewê inãn "Folha-de-fogo"
Clidemia hirta, Melastomataceae
 
Ajagbaô "Tamarineiro"
Tamarindus indica, Fabaceae
Gbji "Capim-de-burro"
Cynodon dactylon, Poaceae
 
Okowô "Erva-vintém"
Drymaria cordata, Caryophyllaceae
Ogbê akunko "Crista-de-galo"
Heliotropium indicum, Boraginaceae
 
Ajobi funfun "Aroeira-branca"
Schinus molle, Anacardiaceae
Ipesã ou ipesanhe "Birrero ou Bilreiro"
Guarea trichilioides, Meliaceae
 
Omun "Samambaia-de-poço"
Lygodium polimorphum, Schyzacaceae
Peregun ko "Dracena-listrada"
Dracaena fragrans var. massangeana, Ruscaceae
Pèrègún "Peregun" ou "Nativo"
Dracaena fragrans var. typica, Ruscaceae
 
Ewê bajutoná "Erva-pombinho" ou Quebra-pedra
Phyllanthus niruri, Phyllanthaceae
Kunkundukunku "Batata-doce"
Ipomoea batatas, Convolvulaceae

 
Alukpayidá "Língua-de-galinha"
Uraria picta, Fabaceae
Awian "Cascaveleira" ou xiquexique
Crotalaria retusa, Fabaceae
 
Afon "Espelina-falsa"
Clitoria guyanensis, Fabaceae
Atorinã "Sabugueiro"
Sambucus australis, Adoxaceae
 
Bujê "Jenipapo" , "Genipapero" ou "Janipapeiro"
Genipa americana, Rubiaceae
Igba ajá "Jurubeba"
Solanum paniculatum, Solanaceae
 
Iteté "Janaúba" ou "Agoniada"
Plumeria rubra var. lancifolia, Apocynaceae
Etítáré "Maricotinha" ou "Alfavaca-de-cobra"
Monnieria trifolia, Rutaceae
 
Odé okoxu "Caiçara"
Solanum erianthum, Solanaceae
Ewê lará "Mamona-branca"
Ricinus communis, Euphorbiaceae
 
Ewê Odé "Carrapicho-beiço-de-boi"
Desmodium adscendens, Fabaceae
Ojusaju "Guiné-tipi"
Petiveria alliacea, Phytolaccaceae
 
Okiká "Cajazeira"
Spodia mombin, Anacardiaceae
Ewurô "Alumã" ou "Alumon"
Vernonia bahiensis, Asteraceae
 
Atoribé "Milhomens ou Milomens"
Aristolochia gigantea, Aristolochiaceae
Ida orixá "Espada-de-ogun"
Sansevieria zeilanica, Ruscaceae
 
Labelabê "Tiririca"
Fuirena umbellata, Cyperaceae
Elexu "Arrebenta-cavalo"
Solanum capsicoides, Solanaceae
 
Falákálá "Corredeira"
Chamaescyce hirta, Euphorbiaceae
Exixi "urtiga graúda"
Laportea aestuans, Urticaceae
 
Jojofá "Cansanção (planta)"
Urera baccifera, Urticaceae
 
Referências:

Cossard, Giselle Omindarewá, Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.
Verger, Pierre, Ewé, o uso de plantas na sociedade yoruba, Odebrecht and Companhia das Letras, 1995.
José Flávio Pessoa de Barros – Eduardo Napoleão – Ewé Òrìsà – Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô, Editora Bertrand Brasil.

 

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“A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho.”


SIGNIFICADOS QUANTO AO FORMATO DA VELA



 
Cones ou Triangulares: equilíbrio, elevação.
Quadradas: estabilidade, matéria.
Estrela: espiritual, carma.
Pirâmide: realizações matérias.
Cilíndricas: servem para tudo.
Animais: para o seu animal protetor.
Lua: para acentuar sua energia intuitiva.
Gnomo: para seu elemental da terra.
Cone ou Triangulares: simbolizam o equilíbrio. Tem três planos: físico, emocional e espiritual.
Velas Cônicas: são voltadas para cima e significam o desejo de elevação do homem, sua comunicação com o cosmos.
Velas Quadradas: Simbolizam estabilidade na matéria. Seus lados iguais representam os quatro elementos: Terra, Água, Fogo, Ar.
Velas em Formato de Estrela de Cinco Pontas: É o símbolo do homem preso na matéria. Representa o carma.
Velas Redondas: Simbolizam mudança. E a energia mais pura do astral que só a mente superior alcança.